2008-04-22 13:08:22

ARCEBISPO BOLIVIANO REAFIRMA EMPENHO DA IGREJA PARA MEDIAR CRISE POLÍTICA


Cochabamba, 22 abr (RV) - A cúpula da Igreja Católica boliviana assegurou na segunda-feira que levará adiante seus esforços para abrir um diálogo de conciliação política entre o governo e a oposição conservadora, não obstante as duras críticas que lhe foram feitas pelo presidente do país, Evo Morales. Mas uma negociação entre as partes teria lugar apenas após 4 de maio, dia para o qual foi convocado um referendo sobre a autonomia no distrito de Santa Cruz.

"Pensamos que as condições para o diálogo possam surgir após o 4 de maio", disse o arcebispo de Cochabamba, Dom Tito Solari Capellari, informando que continua em vigor a gestão de "facilitação de diálogo" empreendida pela Igreja.

"O país se encontra num momento delicado (...) e queremos dizer a todos que tenham calma", acrescentou o arcebispo, referindo-se ao conflito, que pode degenerar em violência e que preocupa especialmente países vizinhos, como Argentina e Brasil, que importam gás da Bolívia.

Dom Solari Capellari falou um dia depois de o Cardeal Julio Terrazas Sandoval ter dado pouca importância a uma queixa de Morales contra a hierarquia católica.

Morales disse no sábado que se sente "enganado" e "traído" pela cúpula da Igreja, especialmente por uma declaração do Card. Terrazas Sandoval colocando em dúvida a existência de novas formas de escravidão de índios guaranis na região do Chaco, no sudeste do país.

O presidente destacou o papel do que chamou de "Igreja de base", que apoiou os esforços do governo para libertar os guaranis. (BF)







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