PATRIARCA LATINO DE BAGDÁ: "IRAQUE É COMO UM HOMEM DOENTE"
Bagdá, 16 abr (RV) - "Estamos desencorajados e preocupados. Dias como ontem
dão a entender que a guerra está longe de acabar e que falta uma verdadeira estratégia,
tanto militar, quanto política. A sociedade também está longe de resolver as suas
profundas divisões internas."
Foi o que disse o patriarca latino de Bagdá,
Dom Jean Benjamin Sleiman, depois que 70 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas
em vários atentados e confrontos militares no país.
"O Iraque é como um homem
doente que não quer reconhecer a sua doença. Enquanto não existir um culpado para
sua situação, o país não aceitará se curar", ressaltou o patriarca.
Interrogado
sobre como se vive atualmente no Iraque, o patriarca respondeu que no país não se
vive, mas se sobrevive: "Nessas ocasiões, os seres humanos demonstram ter uma grande
força espiritual".
O patriarca ressaltou ainda que 30 crianças farão a Primeira
Comunhão nos próximos dias: "Não obstante as violências, as crianças estão se preparando
para esse momento de crescimento na fé e, para as famílias, isso é motivo de festa".
(MJ)