Para unificar verdadeiramente a Europa, ocorre um renovamento ético e espiritual:
Bento XVI, na audiência geral, evocando a figura de São Bento
(9/4/2008) Para unificar verdadeiramente a Europa é também necessário “um renovamento
ético e espiritual que atinja as raízes cristãs”. Sem esta “utopia vital”, o homem
expõe-se, pelo contrário, à “utopia de querer redimir-se por si” – que tantos desastres
produziu no século XX. – Advertências do Papa na conclusão da audiência-geral desta
quarta-feira, com uns 22 mil peregrinos concentrados na Praça de São Pedro. Tema da
sua catequese foi desta vez a figura de São Bento, fundador do monaquismo ocidental
e – recordou-o Bento XVI – “também patrono do meu pontificado”. “Saída há pouco
do século das duas guerras mundiais e do esboroar das grandes ideologias – sublinhou
– a Europa encontra-se hoje à procura da sua própria identidade. Mas se, para criar
uma nova unidade, duradoura, são de facto importantes instrumentos políticos, económicos,
jurídicos, ocorre também suscitar um renovamento ético e espiritual que inclua as
raízes cristãs, caso contrário não se pode reconstruir a Europa”. “Sem esta linfa
vital – observou ainda o Papa – o homem encontra-se (como disse João Paulo II) exposto
à utopia de se querer redimir por si mesmo - a utopia que no século XX provocou uma
regressão sem precedentes na história da humanidade”. “Procurando também hoje o verdadeiro
progresso, escutemos a Regra de São Bento, que indica à humanidade o modo de viver
o autêntico humanismo”.