ARCEBISPO CONGOLÊS PEDE AJUDA MORAL E FINANCEIRA AOS EUA
Washington, 08 abr (RV) - A República Democrática do Congo ainda necessita
da generosidade dos Estados Unidos para consolidar a paz e a democracia no país, ainda
frágeis depois de décadas de guerras e violências. Foi o que afirmou o arcebispo congolês
de Bukavu, Dom François Xavier Maroy Rusengo, durante uma visita a Washington. Nos
EUA, ele encontrou expoentes políticos e responsáveis da Conferência Episcopal norte-americana
(USCCB) para pedir mais apoio no processo de pacificação do país.
Esse processo
ainda não foi concluído, sobretudo em algumas áreas, como a arquidiocese de Bukavu,
onde a população continua a sofrer violências e ameaças por parte das milícias.
"Os
milicianos continuam a estuprar, saquear e recrutar crianças", denunciou o arcebispo.
Sua principal preocupação são os jovens, que constituem a metade da população congolesa:
"Não existe emprego e eles não vêem futuro algum. É difícil encontrar uma resposta
a esse problema".
Para sair dessa situação, Dom Rusengo reiterou que é indispensável
a ajuda da comunidade internacional e, em especial, de uma superpotência como os Estados
Unidos: "O governo norte-americano deve encorajar o diálogo, enquanto a ONU deve promover
a boa governança".
Mas a República Democrática do Congo também necessita de
ajudas econômicas. Dom Rusengo apelou, em particular, à solidariedade dos católicos:
"Os católicos norte-americanos podem compartilhar seu bem-estar", disse. (BF)