2008-04-07 20:53:09

BENTO XVI VISITA BASÍLICA ROMANA DE SÃO BARTOLOMEU PARA HONRAR MÁRTIRES DO SÉC.XX


Cidade do Vaticano, 07 abr (RV) - Recordar e honrar a memória das testemunhas da fé do Séc. XX: com esse espírito, Bento XVI visitou esta tarde a Basílica de São Bartolomeu, na Ilha Tiberina, coração da Roma antiga, memorial dos mártires dos nossos dias, onde presidiu a Celebração da Palavra.

Recebido com grande entusiasmo por parte dos presentes, o papa foi acolhido, entre outros, por seu vigário para a Diocese de Roma, Cardeal Camillo Ruini, e pelos responsáveis pela Comunidade romana de Santo Egidio, à qual, em 1983, foi confiada a Basílica de São Bartolomeu. A visita do Santo Padre insere-se também no âmbito das celebrações pelos 40 anos de fundação da Comunidade de Santo Egidio.

Ao dar as boas-vindas ao Santo Padre, no início da Celebração da Palavra, o fundador da Comunidade de Santo Egidio, prof. Andrea Riccardi, ressaltou a grande alegria com a qual os presentes o acolhiam na Basílica do Apóstolo Bartolomeu, hoje sede do memorial dos "Novos Mártires" do Séc. XX.

"Assim o quis o Servo de Deus João Paulo II, que havia confiado a basílica à Comunidade nos seus 25 anos, com aquela confiança e carinho que nos fez crescer", disse ele, acrescentando: Nós o recebemos, Santo Padre, como Sucessor de Pedro. Estamos comovidos com o fato que sua visita se realize nos quarenta anos da Comunidade de Santo Egidio, é um dom precioso. Nascidos em Roma, sentimos um afeto filial pelo Bispo de Roma e nos lugares onde a comunidade se encontra (em mais de 70 países do mundo) existe sempre um pouco de Roma.

Em sua homilia, Bento XVI disse que podemos considerar este encontro na antiga Basílica de São Bartolomeu como "uma peregrinação à memória dos mártires do Séc. XX, inúmeros homens e mulheres, conhecidos e desconhecidos que, ao longo daquele século, derramaram seu sangue pelo Senhor".

"Neste lugar, repleto de memórias, nos perguntamos: por que estes nossos irmãos mártires não tentaram salvar, a qualquer custo, o bem insubstituível da vida? Por que continuaram a servir a Igreja, apesar das graves ameaças e intimidações? Nesta basílica, onde estão conservadas as relíquias do apóstolo Bartolomeu e onde são venerados os restos de Santo Adalberto, ouvimos ecoar o eloqüente testemunho daqueles que, não apenas no Séc. XX, mas desde os inícios da Igreja, vivendo o amor, ofereceram no martírio suas vidas a Cristo."

Sustentados pela cândida chama do amor, prosseguiu o papa, os mártires derramaram seu sangue e se purificaram no amor: no amor de Cristo que os fez capazes, por sua vez, de se sacrificar por amor. Jesus disse: "Ninguém tem amor maior do que este: dar a vida pelos próprios amigos" (Jo 15,13).

"Detendo-me nos seis altares que recordam os cristãos mortos sob a violência totalitária do comunismo, do nazismo, dos mortos na América, na Ásia e na Oceania, na Espanha e no México, percorremos novamente, e idealmente, muitos episódios dolorosos do século passado."

"Muitos morreram enquanto realizavam a missão evangelizadora da Igreja: seu sangue se misturou com o dos cristãos autóctones, aos quais a fé havia sido comunicada. Outros, em condição de minoria, foram mortos por ódio à fé", enfatizou o pontífice.

"Também este Séc. XXI se abriu no signo do martírio. Quando os cristãos são realmente fermento, luz e sal da terra, tornam-se também, como aconteceu com Jesus, alvo de perseguições; como Ele, são 'sinal de contradição'.

Bento XVI concluiu: "Queridos amigos da Comunidade de Santo Egidio, olhando para esses heróis da fé esforcem-se vocês também em imitar a sua coragem e perseverança em servir o Evangelho, especialmente entre os pobres. Sejam construtores da paz e da reconciliação entre os inimigos e combatentes. Nutram a sua fé com a escuta e a meditação da Palavra de Deus, com a oração cotidiana e com a ativa participação na santa missa". (CM/RL)







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