2008-04-06 12:57:44

Emaús é o lugar onde conduz o caminho de cada cristão, de cada homem: Bento XVI, domingo ao meio-dia. Papa exorta os fiéis a testemunhar a misericórdia de Deus


( 6/4/2008) Dir-se-ia que Emaús representa todo e qualquer lugar aonde conduz o caminho de cada cristão, de cada homem: considerou Bento XVI, comentando, na alocução do meio-dia, na Praça de São Pedro, o Evangelho dos discípulos de Emaús, proclamado neste domingo.
Fazendo notar que não existe uma identificação segura da localidade referida pelo evangelista, o Papa considerou “sugestivo” este facto, que faz “pensar que possa na realidade representar qualquer lugar”: “a estrada que aí conduz é o caminho de cada cristão, ou melhor, de cada homem. Nas nossas estradas, Jesus ressuscitado faz-se companheiro de viagem, para reacender nos nossos corações o calor da fé e da esperança, partilhando o pão da vida eterna”.
Observando que as palavras dos discípulos de Emaús, expressas no tempo passado – julgávamos, tínhamos seguido, esperávamos – bem exprimem a desilusão, o desengano, de quem perdeu toda a esperança” – acrescentou o Papa.
“Este drama dos discípulos de Emaús reflecte a situação de muitos cristãos do nosso tempo. Parece falhar a esperança. Entra em crise a própria fé, devida às experiências negativas que nos fazem sentir abadonados pelo Senhor. Mas esta estrada de Emaús, em que caminhamos, pode tornar-se então via de uma purificação e maturação do nosso crer em Deus". "Também hoje podemos entrar em colóquio com Jesus, escutando a Sua Palavra. Também hoje, Jesus faz a fracção do pão para nós e dá-Se a si mesmo como o nosso pão".
"E assim o encontro com Cristo Ressuscitado dá-nos uma fé mais profunda e autêntica, temperada – digamos assim – através do fogo do acontecimento pascal; uma fé robusta porque se nutre não de ideias humanas, mas da Palavra de Deus e da Eucaristia”.
Quase a concluir a sua alocução, antes do canto do “Regina Coeli”, Bento XVI observou ainda que este episódio evangélico “contém já a estrutura da Santa Missa”:
“na primeira parte a escuta da Palavra através das Sagradas Escrituras; na segunda, a liturgia eucarística e a comunhão com Cristo presente no Sacramento do seu Corpo e do seu Sangue. É alimentando-se desta dupla Mesa que a Igreja se edifica incessantemente e se renova de dia para dia, na fé, na esperança e na caridade”.
Depois da recitação da oração mariana, o Papa dirigiu ainda diversas saudações aos vários grupos presentes na Praça de São Pedro, a começar pelos participantes do I Congresso Mundial sobre a Divina Misericórdia, cujo encerramento acabara de ter lugar na basílica do Vaticano com uma Missa presidida pelo cardeal Christoph Schonborn, arcebispo de Viena. A todos, Bento XVI deixou um pedido, uma orientação: “Ide e sede testemunhas da misericórdia de Deus, manancial de esperança para cada homem e para o mundo inteiro. Que o Senhor ressuscitado esteja sempre convosco!







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