EDIÇÃO DE "DER SPIEGEL" É RETIRADA DAS BANCAS NO EGITO POR "OFENDER O PROFETA"
Cairo, 03 abr (RV) - O governo egípcio ordenou a suspensão da venda de uma
edição especial da revista alemã "Der Spiegel", publicada em 25 de março, alegando
que esta insultava o Islã e o profeta Maomé.
Segundo o jornal egípcio "Al-Gomhuriya",
a ministra da Informação, Anas al-Feqi, tomou esta decisão para "defender os valores
islâmicos e combater a tentativa de prejudicar a imagem do profeta, a religião muçulmana
e a religião em geral". A ministra disse ainda que o Egito não vai permitir qualquer
publicação que cause danos a religiões monoteístas "para defender a liberdade de informação
de que o Ocidente tanto fala".
Segundo o jornal, a edição da revista "Der Spiegel"
continha várias imagens e comentários onde o profeta Maomé era insultado e se dizia
que o Islã incita à violência e ao terrorismo.
Em fevereiro, o Egito proibiu
a venda de quatro jornais internacionais (os alemães "Frankfurter Allgemeine Zeitung"
e "Die Welt", o britânico "The Observer" e o norte-americano "Wall Street Journal")
por publicarem vinhetas do profeta Maomé. (BF)