2008-03-31 14:13:22

Formação cultural e espiritual, prioridades da Igreja: Bento XVI aos participantes no capitulo geral dos Salesianos, constatando que na cultura de hoje é proibido falar da Alma .A pobreza evangélica, praticada de maneira coerente, o amor fiel á Igreja e o dom generoso de si próprio aos jovens, foram os pedidos formulados pelo Papa, á família salesiana


(31/3/2008) O processo de secularização, que avança na cultura contemporânea, não poupa tão pouco as comunidades de vida consagrada.
Esta a admoestação de Bento XVI na audiência aos participantes no capitulo geral dos Salesianos, durante a qual dirigiu o convite a permanecer pobres e austeros e a vigiar sobre as formas e estilos de vida que correm o perigo de tornar débil o testemunho evangélico, ineficaz a acção pastoral e frágil a resposta vocacional.
Solicitando os participantes a ajudarem os seus confrades a guardar e reavivar a fidelidade á vocação, o Papa recordou as prescrições ligadas á regra salesiana, em particular um nível de vida austero e a pobreza evangélica, praticada de maneira coerente, o amor fiel á Igreja e o dom generoso de si próprio aos jovens, especialmente aos mais necessitados e em desvantagem. Aspectos que serão garantia de florescimento da Congregação dos Salesianos.
Bento XVI depois de ter saudado e agradecido ao Padre Pascual Chaves Villanueva, reconduzido no cargo de Reitor - Mor dos Salesianos, sublinhou que, com o objectivo de fortalecer a identidade da família salesiana, o primeiro empenho de todos os salesianos consiste em reforçar a sua vocação a viver em plenitude a fidelidade da sua chamada á vida consagrada.
Recordou também o exemplo de São João Bosco para exortar á paixão apostólica com a qual cada salesiano não terá receio de entrar com audácia nos âmbitos mais difíceis da acção evangelizadora a favor dos jovens, especialmente dos mais pobres material e espiritualmente, tendo também o coração aberto para individuar novas necessidades dos jovens e a escutar as suas invocações de ajuda.
“Don Bosco – observou ainda Bento XVI – enfrentou as exigências totalizantes da missão com uma vida simples, pobre e austera, partilhando as condições dos mais pobres e tendo assim a alegria de dar mais a quem na vida menos tinha”.
O Papa concluiu reafirmando as suas preocupações pela actual “emergência educativa”, cujo aspecto mais grave é “o sentimento de desânimo que toma posse de muitos educadores, em especial pais e professores, perante as dificuldades que apresenta hoje em dia a sua tarefa”.

“Muitos pais e professores têm a tentação de renunciar à sua tarefa própria, e nem sequer conseguem perceber qual é, na verdade, a missão que lhes está confiada”.

O Pontífice definiu, assim, como “extremamente importante” o facto de que a família, hoje em dia muitas vezes “em dificuldade”, ou mesmo “ausente”, passe a ser “um sujeito activo” na educação dos jovens.
No que diz respeito aos professores, Bento XVI fez notar que mesmo os da escola católica se encontram muitas vezes em dificuldade:

“Infelizmente o processo de secularização que avança na cultura contemporânea não poupa nem sequer as comunidades de vida consagrada. Há portanto que velar sobre formas e estilos de vida que correm o risco de tornar débil o testemunho evangélico, ineficaz a acção pastoral e frágil a resposta vocacional”:
“A predilecção e o compromisso a favor dos jovens, característica do carisma de Don Bosco, deve traduzir-se também num esforço para envolver no processo de formação as próprias famílias. A pastoral juvenil deve abrir-se decididamente à pastoral familiar: ocupar-se das famílias não é subtrair forças à actividade com os jovens, pelo contrário: é torná-la mais duradoura e eficaz”.








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