2008-03-22 11:54:34

Na Via Sacra do Coliseu de Roma, a oração pelos mártires de hoje e pela liberdade religiosa


(22/3/2008) A condição dos cristãos perseguidos pela sua fé – “mártires do nosso século – a ausência de liberdade religiosa e as injustiças cometidas pelo Estado, “a traição efectuada também por homens de Igreja, a qual Igreja, porèm, será aquela que no final ganhará a sua vitoria .
As meditações escritas pelo cardeal de Hong Kong, Joseph Zen Ze-Kiun, para a Via Sacra no Coliseu de Roma, na noite desta Sexta Feira Santa, tocam as perseguições religiosas, colocando em primeiro plano, embora sem nunca citar a China, os sofrimentos da “Igreja do silencio” do seu país.
Os coliseus multiplicaram-se através dos séculos, - escreve o Cardeal Zen, referindo-se ao Coliseu como lugar histórico de martírio - nos lugares onde os nossos irmãos em diferentes partes do mundo, continuando a vossa Paixão, ainda hoje são duramente perseguidos.E é este também um destino que diz respeito também á Igreja, a Esposa de Cristo que em muitas partes do mundo, está atravessando a hora tenebrosa da perseguição.
Através dos séculos, reafirma mais adiante nas suas meditações - falanges de inocentes foram condenados a sofrimentos atrozes. Alguém grita que é uma injustiça, mas são eles, os inocentes, que em comunhão com Cristo, o Inocente, expiam os pecados do mundo.
No momento de falar de Pilatos “imagem de todos aqueles que detêm a autoridade como instrumento de poder e descuidam a justiça, a oração afirma:
“Iluminai a consciência de tantas pessoas constituídas em autoridade, para que reconheçam a inocência dos vossos seguidores. Dai-lhes a coragem de respeitar a liberdade religiosa.

E os poderosos – explica o Cardeal Zen - são também aqueles que controlam o comércio e os mass-media; mas, há também a gente que se deixa facilmente manipular pelos poderosos para oprimir os fracos.
Sem fazer uma referencia explicita á divisão da Igreja chinesa, entre a igreja patriótica e aquela subterrânea, as meditações falando de Judas fazem referencia á traição que surpreende sobretudo se se referem também aos pastores do rebanho de Deus.
Não nos escandalizemos! As deserções, nunca faltaram nas perseguições. Tal como depois, frequentemente, se davam os regressos.
Um pensamento vai também para as mães que, sob risco de prisão e perseguição, continuaram a rezar em família, cultivando no coração a esperança de tempos melhores.
A invocação proposta pelo Bispo de Hong Kong a propósito da Igreja perseguida é que o sangue dos mártires se torne semente de novos cristãos, que a certeza, de que os seus sofrimentos, embora no momento presente pareçam uma derrota completa levarão á vitoria completa da Igreja.
Senhor – foi a oração dos fiéis durante a Via Sacra no Coliseu de Roma – dai constância aos nossos irmãos perseguidos.
Senhor, fazei-nos perseverantes na união com a Igreja do silêncio e na aceitação da necessidade de desaparecer e morrer como o grão de trigo.








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