2008-03-22 12:54:16

Da cruz irradia a boa notícia do amor


(22/3/2008) «Que tenho eu para dar ao meu Senhor e Redentor em troca de tanto amor?!» esta foi a questão colocada pelo Bispo de Viana durante a celebração da Paixão do Senhor ontem na Sé Catedral que dominou a reflexão que antecedeu a "adoração da santa cruz".
O Bispo de Viana do Castelo mostra-se convicto que «o amor à Cruz e ao Crucificado, continua a ser um escândalo para a humanidade do nosso tempo» e chamou ingénuos àqueles que consideram os cristãos "os adoradores de cruz" acusando-os de confundirem «veneração com adoração».
No dia em que a Cruz "impera" sobre a Igreja, D. José Pedreira disse que «contemplar Cristo morto na Cruz, de coração trespassado por uma lança "donde saiu sangue e água", a Igreja comemora o seu próprio nascimento e a sua missão de estender a todos os povos os salutares efeitos, os frutos, da Paixão e Morte de Cristo». «É este o significado do acto litúrgico que hoje celebramos ao venerar o símbolo do lenho da Cruz» explicou o é feito«em acção de graças por este dom tão inefável e maravilhoso do nosso Deus».
O Bispo de Viana questiona a capacidade dos actuais homens e mulheres da «cultura moderna, fruto da idolatria da ciência e do progresso, do bem-estar e da felicidade terrena» se identificarem com «esta salvação» marcada pela renuncia e pelo sacrifício.
Jesus, assinalou, renunciou ao bem-estar passageiro, à alegria fugaz e suportou a cruz, desprezando a ignomínia, para se elevar - e a nós com Ele - a uma alegria maior, a um júbilo pleno e duradouro.
A eficácia do nosso testemunho estará sempre marcada pela sombra e pela força da Cruz porque esta é a «cátedra de Deus no mundo, é o púlpito donde Ele se dirige a toda a Humanidade para nos proclamar o amor infinito de Deus».
D. José Pedreira recordou que no momento do nosso Baptismo, fomos sepultados na água baptismal, imitamos Cristo na sua descida à região dos mortos, para ressurgirmos, criaturas novas, pelo Espírito que dá a vida e nos tornarmos participantes na vitória do Ressuscitado.
Quando fixarmos o olhar no crucifixo que temos lá em casa ou trazemos connosco, não fiquemos alheios à boa notícia de amor e entrega de vida aos outros que dele irradia, concluiu o Prelado.








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