MUNDO CATÓLICO ITALIANO REAGE À REPRESSÃO NO TIBET
Cidade do Vaticano, 18 mar (RV) - "A condição do povo tibetano traz à luz uma
verdadeira tragédia planetária: a realidade de homens e mulheres que, no século XXI,
ainda são perseguidos por sua fé." O comentário é do Pe. Aurelio Fusi, assessor de
imprensa da Obra Dom Orione.
"As comunidades cristãs nos quatro continentes
contam muitos mártires. Expressamos a nossa solidariedade a todos os que são perseguidos
e mortos por sua religiosidade", prossegue o padre.
"Agradecemos ao Santo Padre
por ter escolhido, como tema da via-sacra, a perseguição dos mártires do nosso século.
Será mais uma ocasião para refletir e continuar a trabalhar para que o futuro da humanidade
seja no respeito de todas as religiões e culturas", acrescenta.
A Conferência
Episcopal Italiana, por meio do diretor da Fundação Justiça e Solidariedade, o economista
Riccardo Moro, expressa seu parecer: "A 'nova China' está na moda, mas seu poder nasce
do cano do fuzil. É preciso recordar isso quando se discutem acordos comerciais ou
nos preparamos para participar das Olimpíadas".
Moro se diz preocupado com
o cinismo do poder chinês na repressão em ato nesses dias no Tibet e cita as vítimas
da 'revolução cultural' na região e os impedimentos para os budistas tibetanos em
relação à liberdade de culto e de palavra.
Já o bispo de São Marino e Montefeltro,
Dom Lugi Negri, é ainda mais severo: "Os povos civis devem boicotar as próximas Olimpíadas
de Pequim". Dom Negri recordou ontem que "o povo tibetano é culto e pacífico, mas
submetido a décadas de ocupação de uma potência que não tinha algum direito de ocupar".
(CM/BF)