2008-03-13 18:44:18

É o Espírito Santo que nos transforma interiormente. Confessando os nossos pecados experimentamos a verdadeira alegria: Bento XVI na celebração penitencial com os jovens de Roma


(13/3/2008) Um intenso convite a bem confessar os próprios pecados, com o sério propósito de os não repetir: esta a exortação dirigida pelo Papa aos jovens romanos congregados nesta quinta-feira à tarde na basílica de São Pedro para uma celebração penitencial que integrava o rito da confissão pessoal, com absolvição individual:
“Caros amigos, preparemo-nos pois, com um sincero exame de consciência a apresentar-nos àqueles a quem Cristo confiou o mistério da reconciliação. Com espírito contrito confessemos os nossos pecados, propondo-nos seriamente não os voltar a repetir. Experimentaremos assim a verdadeira alegria: a que provém da misericórdia de Deus, se derrama nos nossos corações e nos reconcilia com Deus. Esta alegria é contagiosa!”

O Papa sublinhou que esta transformação interior tem lugar pela acção do Espírito Santo, o Qual – observou – “não altera as situações exteriores, mas as interiores”, como realizou com os Apóstolos, no dia de Pentecostes…
“Também esta tarde o Espírito descerá aos nossos corações, para perdoar os pecados e nos renovar interiormente revestindo-nos de uma força que nos tornará, também a nós, como os Apóstolos, audazes em anunciar que ‘Cristo morreu e ressuscitou!”

Evocando brevemente um filme já outrora por si comentado quando era arcebispo de Munique, Bento XVI pôs em evidência “a acção do Espírito Santo numa alma”: que penetre numa pessoa ou não, isso não se pode ver nem demonstrar (reconheceu); mas o facto é que “transforma e renova toda a perspectiva da existência humana”.
Neste contexto, o Papa evocou “a espantosa possibilidade de ser desumano” de que uma pessoa dispõe, permanecendo pessoa, mas vendendo e perdendo ao mesmo tempo a própria humanidade. “É imensa a distância entre a pessoa humana e o ser desumano, e contudo não se pode demonstrar. É a coisa realmente essencial, embora sendo, aparentemente, sem importância” – sublinhou Bento XVI.

Quase a concluir, o Papa evocou os 25 anos da criação, a dois passos da Praça de São Pedro, do Centro Internacional Juvenil São Lourenço, por vontade do seu predecessor, com o intuito de favorecer – também na cidade de Roma – o acolhimento dos jovens, a partilha de experiências e de testemunhos da fé, e sobretudo a oração que nos faz descobrir o amor de Deus.

“Queridos jovens, esta cidade de Roma está nas vossas mãos. A vós a tarefa de a tornar bela, também espiritualmente, com o vosso testemunho de vida vivida na graça de Deus, longe do pecado, aderindo a tudo aquilo que o Espírito Santo nos chama a ser, na Igreja e no mundo.
Tornareis assim visível a sobreabundante graça de Cristo, que brota do seu lado trespassado por nós na cruz. O Senhor Jesus lava-nos dos pecados, cura-nos das culpas e fortifica-nos para não sucumbirmos na luta contra o pecado e no testemunho do seu amor”.








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