2008-03-09 14:31:09

NO ANGELUS DOMINICAL, APELO DO PAPA PELA TERRA SANTA E PELO IRAQUE


Cidade do Vaticano, 09 mar (RV) - Na manhã deste quinto e último domingo da Quaresma, o Santo Padre rezou, da janela de seu escritório na residência apostólica vaticana, a oração dominical do Angelus com os numerosos peregrinos, fiéis e turistas presentes na Praça São Pedro.

Durante a alocução que pronunciou antes da oração mariana, Bento XVI fez um premente apelo pela Terra Santa, onde, nesses dias, a onda de violência e o terror continuam a ensangüentar o solo e a semear vítimas.

Convidando todos os fiéis a pedirem com insistência a Deus onipotente o dom da paz para aquela região, o Santo Padre confiou à misericórdia divina as tantas vítimas inocentes, expressando sua solidariedade para com as famílias e os feridos: "Encorajo as autoridades israelenses e palestinas em seu propósito de continuar a construir, mediante as negociações, um futuro pacífico e justo para seus povos. A todos peço, em nome de Deus, que deixem os caminhos tortuosos do ódio e da vingança e percorram, com responsabilidade, os caminhos do diálogo e da confiança".

A seguir, o Bispo de Roma expressou esses mesmos votos pelo Iraque, enquanto continua a preocupar o destino do arcebispo caldeu de Mossul, Dom Paulos Faraj Rahho, e de tantos iraquianos, que continuam a respirar um clima de violência cega e absurda, contrário à vontade de Deus.

Depois do apelo, o pontífice retomou o itinerário quaresmal, que está para se concluir. De fato, neste quinto e último domingo da Quaresma, a liturgia é caracterizada pela ressurreição de Lázaro, como o próprio Papa explicou: "Trata-se do último grande 'sinal' realizado por Jesus antes que os Sumos Sacerdotes se reunissem com o Sinédrio para decidir sobre a morte de Jesus e de Lázaro, prova viva da divindade de Cristo, Senhor da vida e da morte".

Na verdade, acrescentou Bento XVI, este trecho evangélico nos mostra Jesus como verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. O Evangelista insiste na amizade entre Jesus e Lázaro e suas duas irmãs, Marta e Maria, e ressalta que Jesus os queria muito bem. Eis o motivo pelo qual Ele quis realizar esse grande prodígio da ressurreição de Lázaro, encarando a morte como um sono e demonstrando seu poder sobre ela: "Esta senhoria de Jesus sobre a morte não o impediu de experimentar sincera compaixão pela dor da separação. Vendo que Marta e Maria e os que estavam presentes choravam pela morte de Lázaro, Jesus se comoveu profundamente, ficou perturbado e também começou a chorar".

O coração de Cristo, disse o Papa, é divino e humano; n'Ele Deus e o homem se completam perfeitamente, sem separação e sem confusão. O homem é a imagem e a encarnação de Deus, que é amor, misericórdia, ternura paterna e materna; é a imagem de Deus que é Vida! Eis o motivo pelo qual Ele declarou solenemente a Marta: "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crer em mim, ainda que estiver morto, viverá para sempre! ".

O Santo Padre concluiu: "Sim, Senhor! Nós também acreditamos, malgrado as nossas dúvidas e as nossas obscuridades. Acreditamos em Vós, porque tendes palavras de vida eterna. Queremos acreditar em Vós, que nos dais uma esperança confiável de vida, que vai além da vida: de vida autêntica e plena no vosso Reino de luz e de paz".

Bento XVI terminou sua alocução dominical convidando os presentes a confiarem esta oração a Maria Santíssima, a fim de que, com a sua intercessão, possamos fortalecer a nossa fé e a nossa esperança em Jesus, especialmente nos momentos de maior provação e dificuldade.

Depois da oração do Angelus, o Santo Padre avisou aos fiéis que na próxima quinta-feira, 13 de março, irá presidir, na parte da tarde, na Basílica Vaticana, a uma Liturgia penitencial, da qual participarão os jovens da diocese de Roma: "Será um momento forte de preparação ao XXIII Dia Mundial da Juventude, que celebraremos no Domingo de Ramos e que culminará, em julho próximo, com o grande encontro mundial em Sydney, na Austrália".

Por fim, Bento XVI cumprimentou os fiéis em diversas línguas. Em especial, o pontífice cumprimentou os peregrinos do Haiti, vindos a Roma por ocasião dos 25 anos da visita que João Paulo II fez ao país. O papa expressou seu desejo de que os haitianos possam construir um futuro digno do homem e de sua fé cristã.

Eis a sua saudação em português: "Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente o grupo de brasileiros presentes em Roma, a todos desejando frutuosa caminhada quaresmal que vivifique e robusteça sua confiança em Cristo, único Salvador do mundo. Sobre vós e vossas comunidades de origem e destino, a minha Bênção".

Antes do Angelus, Bento XVI visitou o Centro Internacional Juvenil São Lourenço, próximo à Praça São Pedro, onde presidiu a celebração eucarística na igreja romana de São Lourenço em "Piscibus", por ocasião de seus 25 anos de fundação, inaugurado em 23 de março de 1983 por João Paulo II. (MT/BF)







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