2008-03-08 12:19:14

CELAM PEDE QUE AMÉRICA LATINA PROMOVA SUA VOCAÇÃO À FRATERNIDADE


Bogotá, 08 mar (RV) - O Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e os Presidentes das Conferências Episcopais dos países da América Latina e do Caribe, reunidos em Bogotá, pediram aos governantes que "renunciem a opções violentas e a expressões verbais que ferem e dividem", para solucionar a crise diplomática entre Colômbia, Equador, Venezuela e Nicarágua.

Em uma declaração conjunta, pede-se que os governos "busquem soluções que favoreçam a paz e a concórdia", para enfrentar "a situação de angústia e tensão" que vivem esses países.

Em coletiva de imprensa, o presidente do CELAM, Dom Raymundo Damasceno Assis, explicou que cabe a cada Conferência Episcopal encontrar canais de diálogo para buscar uma solução pacífica a essa crise diplomática.

Os presidentes, "animados pelo Espírito Santo a contribuir na construção da paz entre nossos povos", afirmam em sua declaração: "Constatamos a fraternidade de nossos povos ao longo de sua história e acompanhamos com preocupação a situação de angústia e tensão que, por causa dos conhecidos fatos, estão vivendo Colômbia, Equador, Venezuela e Nicarágua e que originaram a suspensão das relações diplomáticas, a restrição dos intercâmbios e, por parte dos governantes, um clima de confrontação e de inimizade".

"Todos, a partir de nossas responsabilidades e funções, devemos colaborar para que esse conflito não prospere", acrescentam, exortando "todos os cidadãos a elevarem orações para que o Senhor afaste para sempre de nossos países o flagelo da inimizade e da violência e consolide nossa vocação de ser um continente unido e fraterno".

Entretanto, os presidentes de Colômbia, Equador, Venezuela e Nicarágua deram por superada ontem, na Cúpula do Grupo do Rio, em Santo Domingo, a crise desatada pela incursão militar colombiana no território equatoriano.

"Com o compromisso de não agredir nunca mais um país irmão e um pedido de desculpas, podemos dar por superado esse gravíssimo incidente", disse o presidente equatoriano, Rafael Correa, a seu homólogo colombiano, Alvaro Uribe, que se levantou e foi até o líder equatoriano para cumprimentá-lo.

Uribe também cumprimentou os presidentes de Venezuela, Hugo Chávez, e Nicarágua, Daniel Ortega, sob os aplausos dos cerca de vinte líderes latino-americanos.

O presidente colombiano prometeu que não realizará outra incursão militar no país vizinho por questões de segurança e Correa aceitou as desculpas pelo ataque contra seu território. (BF)







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