2008-03-06 16:41:39

Colóquio e oração do Papa com o Patriarca Ecuménico de Constantinopla Bartolomeu I


(6/3/2008) Bento XVI recebeu nesta quinta feira no Vaticano o patriarca ortodoxo ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, rezando juntos na capela Urbano VIII no interior do palácio apostólico. Juntos recitaram em latim o Pai Nosso e a Ave Maria e abençoaram os presentes, entre os quais os colaboradores do patriarca e o cardeal Walter Kasper, presidente do conselho pontifício para a unidade dos cristãos.
O Patriarca está em Roma para participar nas celebrações do 90.º aniversário de fundação do Instituto Pontifício Oriental, onde ele próprio se doutorou.
Vários contactos têm sido mantidos entre os dois líderes cristãos ao longo dos últimos tempos. Ambos encontraram-se na Turquia, em Novembro de 2006, e em Nápoles, em Outubro de 2007.
Bartolomeu I tem assumido um papel de relevo no diálogo católico-ortodoxo, sendo o principal impulsionador da aproximação verificada nos últimos anos, que culminou com o regresso aos trabalhos da comissão mista internacional para o diálogo teológico, cuja última reunião teve lugar na localidade italiana de Ravenna, em Outubro do ano passado.
O “primus inter pares” e líder espiritual dos cerca de 200 milhões de ortodoxos do mundo inteiro sofre a contestação interna do Patriarcado de Moscovo – que se distanciou desta visita do Papa -, mas conta com grande influência nos restantes Patriarcados históricos (Alexandria, Antioquia, Jerusalém) e nas Igrejas de tradição grega, do Médio Oriente e do Leste da Europa, numa comunhão de 16 Igrejas Ortodoxas.
Bartolomeu I foi sempre um parceiro de diálogo privilegiado de João Paulo II, bem ao contrário do Patriarca Ortodoxo de Moscovo, Alexis II. João Paulo II apresentou ao Patriarcado de Constantinopla, durante o seu pontificado, um pedido público de desculpas pelo ataque dos cruzados em 1204 e devolveu as relíquias de São João Crisóstomo e de São Gregório de Nazianzo, Doutores da Igreja, em 2004.
Bento XVI segue, agora, no mesmo caminho de amizade e diálogo fraterno, como foi hoje assumido mais uma vez, mas a “plena unidade” ainda poderá demorar décadas, se não mesmo séculos.








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