2008-03-06 14:43:24

Bispos do Equador e da Venezuela pedem fim da crise com a Colômbia


(6/3/2008) A Conferência Episcopal Equatoriana condenou a crise diplomática entre o Equador e a Colômbia, pedindo às duas nações que abandonem a agressividade e encontrem um caminho de "diálogo e reconciliação".
Os Bispos do país falavam depois da crise desencadeada com o ataque, no sábado, de forças colombianas à guerrilha das FARC em território equatoriano. Na operação contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) morreu o “número dois” da guerrilha, Raul Reyes, e 16 outros rebeldes.
O Equador rompeu relações diplomáticas com a Colômbia devido à invasão do país e enviou tropas para a fronteira. A Venezuela expulsou o embaixador colombiano, chamou o seu em Bogotá e anunciou o destacamento de tropas para as fronteiras com o país vizinho
Em comunicado, a Conferência Episcopal Equatoriana "lamenta profundamente o ocorrido entre as duas nações irmãs, historicamente unidas por vários vínculos", e "manifesta a sua dor pelas mortes violentas ocorridas na fronteira".
O vice-presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), D. Roberto Lückert León, confirmou que as presidências episcopais de Colômbia, Equador e Venezuela estão a estudar a hipótese de um encontro de bispos das três nações.
Ontem, a CEV mostrou-se preocupada com a hipótese das divergências actuais se transformarem num "conflito bélico" e apelaram ao Presidente Hugo Chávez para que preserve a paz "interna e externa".
Uma solução diplomática para a crise entre Bogotá e Quito parece estar próxima, depois de ambas as partes terem chegado ontem a acordo na reunião da Organização de Estados Americanos (OEA), em Washington. Mas na fronteira com a Venezuela a situação está longe de acalmar, com Caracas a confirmar que cerca de 90% dos efectivos militares requisitados pelo Presidente Hugo Chávez já estão no terreno. O objectivo é travar o "expansionismo" americano.

Na véspera, os 34 representantes da OEA estiveram reunidos durante mais de dez horas, sem conseguir uma declaração consensual. Ontem, o acordo foi alcançado rapidamente. Não há uma condenação contra a Colômbia, como defendia o Equador, mas há o reconhecimento de que Bogotá violou a soberania territorial equatoriana ao atacar o acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).








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