2008-02-29 18:00:53

Igrejas pedem á UE uma abordagem mais ampla, numa perspectiva de valores, ás politicas de emprego


(29/2/2008) A “flexissegurança” levou representantes e peritos das Igrejas cristãs da Europa a Bruxelas para um encontro com os Comissários europeus Ján Figel e Vladimír Špidla.
Num debate em torno da “modernização das políticas europeias de emprego”, as Igrejas defenderam uma abordagem “mais ampla”, “numa perspectiva de valores”. A iniciativa foi promovido pela Conferência das Igrejas Europeias (KEK) e pelo Secretariado da Comissão dos Episcopados da União Europeia (COMECE).
As Igrejas na Europa estão preocupadas com o aumento da segmentação do mercado de trabalho, com a precariedade dos empregos e a marginalização de trabalhadores como os desempregados de longo termo, os profissionais pouco qualificados e os imigrantes.
Špidla, Comissário do Emprego, dos Assuntos Sociais e da Igualdade de Oportunidades, louvou as potencialidades da flexissegurança na protecção de trabalhadores e na promoção de igualdade entre homens e mulheres, “fortalecendo a vida familiar e combatendo a pobreza”.
Stefan Lunte, da COMECE, apelou a uma avaliação feita com base “no grau de progresso feito pelos participantes mais fracos no mercado de trabalho”.
Rüdiger Noll, director da Comissão Igreja e Sociedade da KEK, destacou que as políticas de emprego propostas pela UE implicam um alto grau de confiança recíproca, pelo que é necessário “envolver todos os grupos na sociedade”.
Já o Comissário da Educação, Formação, Cultura e Juventude, Ján Figel, sublinhou que a educação pode contribuir para tornar a flexissegurança uma “iniciativa de sucesso” em todos os países e regiões da UE.
D. Ludwig Schwarz, Bispo de Linz, lançou um apelo em favor da protecção do Domingo como parte da “herança cultural da Europa”, destacando a importância do tempo livre nas relações humanas.
No final deste seminário de debate, conclui-se que há ainda um “longo caminho a percorrer” até traduzir valores comuns em políticas concertadas, na área do emprego.
“A dignidade do ser humano e a protecção dos mais vulneráveis no mercado de trabalho devem ser o ponto de partida para as medidas de implementação” da flexissegurança, refere um comunicado da COMECE.
 







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