2008-02-29 20:26:00

BENTO XVI: ATIVIDADE CARITATIVA DA IGREJA DEVE TESTEMUNHAR QUE A VIDA NÃO SE MEDE POR SUA EFICÁCIA


Cidade do Vaticano, 29 fev (RV) - A atividade caritativa ocupa um lugar central na missão da Igreja, mas jamais deve ser confundida com a simples filantropia: foi o que disse hoje o papa ao receber em audiência esta manhã, na Sala Clementina, no Vaticano, os participantes da plenária do Pontifício Conselho "Cor Unum", em andamento em Roma sobre o tema: "As qualidades humanas e espirituais de quem atua na atividade caritativa da Igreja".

O Santo Padre expressou o seu "reconhecimento àqueles que, de um modo ou de outro, manifestam com as suas ações a presença da Igreja de modo concreto", junto àqueles que se encontram no sofrimento: "Devemos dar graças a Deus porque são muitos os cristãos que dedicam tempo e energias para fazer chegar não somente ajudas materiais, mas também um auxílio de consolação e de esperança a quem se encontra em condições difíceis, cultivando uma constante solicitude pelo verdadeiro bem do homem. A atividade caritativa ocupa, assim, um lugar central na missão evangelizadora da Igreja. Não nos esqueçamos de que as obras de caridade constituem um terreno privilegiado de encontro também com pessoas que ainda não conhecem Cristo ou O conhecem apenas parcialmente".

O papa falou ainda da importância da formação humana, profissional, espiritual e pastoral de quem atua nos organismos caritativos eclesiais: "Quem atua nas múltiplas formas da atividade caritativa da Igreja não pode, portanto, contentar-se apenas com a prestação técnica ou em resolver problemas e dificuldades materiais. O auxílio que oferece jamais deve reduzir-se a gesto filantrópico, mas deve ser tangível expressão do amor evangélico. Ademais, quem presta a sua obra em favor do homem em organismos paroquiais, diocesanos e internacionais, o faz em nome da Igreja e é chamado a deixar transparecer em sua atividade uma autêntica experiência de Igreja".

Trata-se de uma formação que deve "qualificar sempre melhor os agentes das diversas atividades caritativas, para que sejam também e, sobretudo, testemunhas de amor evangélico": "Seguindo as pegadas de Cristo, tais agentes são chamados a ser testemunhas do valor da vida, em todas as suas expressões, defendendo especialmente a vida dos fracos e dos doentes, seguindo o exemplo da bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá, que amava e tomava conta dos moribundos, porque a vida não se mede a partir da sua eficácia, mas tem valor sempre e para todos". (RL/BF)







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