2008-02-29 20:25:50

BENTO XVI A DIPLOMATA EUA: PROMOVER DEMOCRACIA E PAZ NO MUNDO COM DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS


Cidade do Vaticano, 29 fev (RV) - Bento XVI recebeu as credenciais da nova embaixadora estadunidense junto à Santa Sé, Mary Ann Glendon.

O Santo Padre falou da luta contra o terrorismo e da crise no Oriente Médio, auspiciando negociações de paz resolutivas, baseadas na mediação de organismos internacionais e não no dissuasivo da corrida armamentista nuclear.

Bento XVI disse apreciar "os notáveis esforços dos EUA voltados a descobrir meios criativos para aliviar os graves problemas que afligem tantos povos e nações no mundo".

"A construção de um futuro mais seguro para a família humana significa, em primeiro lugar e principalmente, trabalhar para o desenvolvimento integral dos povos, em particular mediante o fornecimento de assistência sanitária adequada, a eliminação das pandemias como a AIDS, maiores oportunidades de formação para os jovens, a promoção das mulheres e a redução da corrupção e da militarização, que desvia recursos preciosos de muitos de nossos irmãos e irmãs nos países mais pobres" _ observou.

Infelizmente, "o progresso da família humana é ameaçado não somente pela chaga do terrorismo internacional, mas também pela ameaça à paz em decorrência da aceleração da corrida armamentista e das contínuas tensões no Oriente Médio", constatou o papa.

"Aproveito essa ocasião para expressar a minha esperança de que negociações pacientes e transparentes levem à redução e à eliminação das armas nucleares e que a recente Conferência de Annapolis seja o primeiro de uma série de passos rumo a uma paz duradoura na região", acrescentou.

Bento XVI convidou "a confiar e a comprometer-se" em favor do trabalho feito pelos organismos internacionais, como a ONU. "A Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual este ano celebramos o 60º aniversário, foi o produto de um reconhecimento em nível mundial do fato que uma justa ordem mundial não pode deixar de ser baseada no reconhecimento e na defesa da dignidade e dos direitos invioláveis de todo homem e mulher", frisou o pontífice.

"Tenho a confiança de que o seu país continuará encontrando nos princípios da lei moral comumum guia seguro para exercer a sua liderança no seio da comunidade internacional", expressou o Santo Padre.

Ademais, reconheceu Bento XVI, "não posso deixar de notar com gratidão a importância que os EUA atribuíram ao diálogo inter-religioso e intercultural entendido como uma força positiva para a paz. A Santa Sé está convencida do grande potencial espiritual que esse diálogo representa, em particular no que diz respeito à promoção da não-violência e à rejeição das ideologias que manipulam e distorcem a religião para fins políticos e para justificar a violência em nome de Deus".

A embaixadora Mary Ann Glendon, 69 anos, é bem conhecida nos ambientes vaticanos por ter sido, de 2004 até poucos dias atrás, presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais. (RL/BF)







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