2008-02-29 15:36:24

A ordem global não prescinda da defesa dos direitos humanos: Bento XVI á nova Embaixadora dos Estados Unidos da América junto da Santa Sé, com um pedido a trabalhar a favor do desarmamento nuclear e da paz no Médio Oriente


(29/2/2008) A pouco mais de um mês da sua viagem aos Estados Unidos, Bento XVI recebeu na manhã desta sexta feira a nova embaixadora dos Estados Unidos da América junto da Santa Sé para a apresentação das Cartas Credenciais, manifestando nesta ocasião apreço pela histórica consideração que o povo americano nutre em relação ao papel da religião na formação do debate publico e na iluminação inerente da dimensão moral das questões sociais, um papel ás vezes contestado em nome de uma compreensão restrita da vida politica e do discurso público. É um factor, segundo o Papa que se reflecte no empenho de muito cidadãos e governantes dos Estados Unidos em assegurar protecção legal ao dom divino da vida desde a concepção até á morte natural, na defesa do instituto do matrimónio, reconhecido como união estável de um homem e de uma mulher, e aquela da família.
A nova Embaixadora dos Estados Unidos da América junto da Santa Santa Sé Mary Ann Glendon, é uma pessoa bem conhecida pelo Papa. Nos últimos quatro anos, a partir de 2004, foi de facto Presidente da Academia Pontifícia das Ciências Sociais. Mas sobretudo, antes disso, em 1995 chefiara a delegação da Santa Sé na Conferencia das Nações Unidas sobre a condição da mulher, em Pequim. Naquela ocasião distinguira-se pela tenacidade e habilidade com a qual defendeu as posições da Santa Sé sobre o aborto, a contracepção, e a saúde feminina.
No seu discurso Bento XVI salientou ainda que a família humana se encontra ameaçada não sé pela chaga do terrorismo internacional, mas também por ameaças á paz, como por exemplo o incremento veloz da corrida aos armamentos e as tensões continuas no Médio Oriente.
Segundo o Papa é necessário colaborar com as Nações Unidas que são capazes de promover diálogo e compreensão autênticos. A resolução destes e outros problemas semelhantes - afirmou – exige confiança e empenho no trabalho de organizações internacionais como a ONU, que por sua natureza são capazes de promover dialogo e compreensão, de reconciliar pontos de vista diferentes, desenvolver politicas multilaterais e estratégias capazes de responder aos diferentes desafios do nosso mundo complexo e em rápida mutação.
Sobre o Médio Oriente o Santo Padre formulou votos no sentido de que a recente conferencia de Annapolis seja o primeiro de uma série de passos para a paz definitiva na região.








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