2008-02-26 20:43:38

DESAFIOS PASTORAIS SÃO PONTO CRUCIAL DA VISITA "AD LIMINA" DOS BISPOS SALVADORENHOS


Cidade do Vaticano, 26 fev (RV) – o Episcopado salvadorenho iniciou nesta segunda-feira, no Vaticano, sua visita "ad Limina", que se prolongará até o próximo sábado. O ponto central da agenda da visita são os desafios pastorais para a Igreja em El Salvador.

O pequeno Estado centro-americano _ com uma população que conta 80% de católicos _ vive, do ponto de vista pastoral, os efeitos do "pós-Aparecida". Seguindo as diretrizes da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, realizada de 13 a 31 de maio de 2007, em Aparecida, SP, os prelados salvadorenhos adotaram uma série de iniciativas que buscam responder às necessidades da família e, em particular, afrontar duas questões difíceis: a difusão dos bandos juvenis e a exploração das mineiras produtoras de minérios preciosos, pois a exploração, tal como é feita, é definida pelos bispos como "inaceitável".

A Rádio Vaticano entrevistou o arcebispo de San Salvador, Dom Fernando Sáenz Lacalle, presidente da Conferência Episcopal Salvadorenha. Ele parte do problema da emigração...

Dom Fernando Sáenz Lacalle:- "A população, graças a Deus, está crescendo, apesar da forte emigração para os EUA. Todavia, temos também uma forte migração interna. Estamos analisando seriamente o problema de como prestar assistência pastoral a essa parte da população, o que implica a necessidade de criar novas paróquias. Este é o problema dos bispos nas áreas onde se está verificando esse crescimento demográfico. Graças a Deus, temos muitas vocações e sacerdotes jovens e cremos formá-los bem. Portanto, não precisamos buscar ajudas externas."

P. Mais de dois milhões e meio de salvadorenhos emigraram para os EUA. São eles que, em prática, sustentam a economia salvadorenha com o envio de dólares para o país. Sem dúvida, tal fenômeno representa um problema social que atinge, sobretudo, a família. O que a Igreja tem feito nesse sentido?

 
Dom Fernando Sáenz Lacalle:- "A família salvadorenha é uma família ampliada: compreende avós, tios e outros. Uma conseqüência negativa da emigração é que os envios feitos em dinheiro, provenientes do exterior, são destinados aos bens de consumo e não investidos em algo produtivo. A situação mais preocupante diz respeito aos emigrantes clandestinos, que não podem retornar a seu país, mas somente enviar dinheiro, sem, portanto, poder rever seus filhos, que são educados pelos avós. Uma ação muito concreta da Igreja é buscar manter os contatos com os emigrantes. Muitos bispos de El Salvador aceitam de bom grado visitar as comunidades salvadorenhas no exterior, mas há também muitos sacerdotes que são colocados a serviço dessas comunidades. Além disso, estamos enviando seminaristas a um Seminário no México, fundado pelo cardeal-arcebispo de Cidade do México, Norberto Rivera Carrera, para preparar sacerdotes que desempenharão seu ministério entre os imigrantes presentes na América do Norte. (RL/AF)








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