Solidariedade, elemento chave para proteger o meio ambiente: a Santa Sé auspicia economias
respeitosas do ambiente e diz sim a tecnologias limpas e a estilos de vida eco-compativeis
(16/2/2008) Para promover um desenvolvimento sustentável, tanto os indivíduos como
as sociedades devem modificar os seus estilos de vida. É necessário difundir tecnologias
limpas, economias respeitosas do ambiente, e os países desenvolvidos devem ajudar
aqueles em vias de desenvolvimento a não repetirem os seus erros no caminho da industrialização.
Salientou o arcebispo Celestino Migliore representante da Santa Sé na ONU, que falando
nas Nações Unidas encorajou a comunidade internacional a adoptar estratégias e politicas
eficazes para reduzir a poluição. Quanto ao compromisso da Santa Sé, recordou
que «o empenho pessoal e os numerosos apelos públicos do Papa Bento XVI suscitaram
campanhas de conscientização no sentido de um renovado respeito pela necessidade
de salvaguardar a criação de Deus». Desde um ponto de vista mais prático, a Santa
Sé já tomou medidas para reduzir e compensar as emissões de carbono no Estado da Cidade
do Vaticano, como o uso de painéis solares. Segundo o observador permanente, «corresponde
a cada indivíduo e a cada nação assumir seriamente a própria parte de responsabilidade
para encontrar e implementar o enfoque mais equilibrado possível» ao desafio das mudanças
climáticas. O desenvolvimento sustentável, constatou, «proporciona a chave para
uma estratégia que leve em conta harmoniosamente as exigências da conservação ambiental,
da mudança climática, do desenvolvimento económico e das necessidades humanas fundamentais». Apesar
da degradação ambiental que se constata em muitas partes, observou que «indivíduos
e comunidades começaram a modificar os seus estilos de vida, conscientes do facto
de que o comportamento pessoal e colectivo tem um impacto no clima e no bem-estar
geral do meio ambiente». Do mesmo modo, os mercados «devem ser animados a patrocinar
‘economias verdes’ e não a sustentar a demanda de bens cuja produção é causa de degradação
ambiental». «Os consumidores devem saber que suas tendências de consumo têm um
impacto directo sobre a saúde do ambiente. Deste modo, mediante a interdependência,
a solidariedade e a responsabilidade, os indivíduos e as nações serão mais capazes
de equilibrar as necessidades do desenvolvimento sustentável com aquelas da boa administração
a todos os níveis.» O desafio da mudança climática, explicou Migliore, «é ao mesmo
tempo individual, local, nacional e global», e exige portanto «uma resposta coordenada
em diferentes níveis».