CONGREGAÇÃO PARA AS IGREJAS ORIENTAIS CONVIDA FIÉIS A AJUDAREM CRISTÃOS DA TERRA SANTA
Cidade do Vaticano, 14 fev (RV) – No início do período quaresmal, a Congregação
para as Igrejas Orientais renova _ como o faz todos os anos _ o convite aos fiéis,
para que "ajudem espiritualmente e materialmente a comunidade católica" da Terra Santa.
O apelo está contido numa carta do prefeito dessa congregação vaticana, Cardeal
Leonardo Sandri, endereçada aos pastores e aos fiéis católicos do mundo inteiro.
Essa
iniciativa, que culmina na coleta da sexta-feira santa, se realiza todos os anos por
mandato pontifício: a primeira coleta remonta ao papa Martinho V, que estabeleceu,
em 1421, as normas acerca da coleta de ofertas.
"A ausência de uma paz estável
aumenta os antigos problemas nos Lugares Santos, agrava a situação de pobreza e gera
novos problemas" _ ressalta o Cardeal Sandri, que acrescenta: "Os cristãos que vivem
na Terra Santa "merecem a atenção prioritária da Igreja católica e das outras Igrejas
e comunidades eclesiais", que "sempre precisam do carisma vivo das origens e da singular
vocação ecumênica e inter-religiosa da qual são portadores".
Nesse contexto,
a coleta da sexta-feira santa assume um "relevo especial" _ escreve o purpurado. Ela
é colocada pelos pontífices "num dia tão significativo para atestar a pertença comum
à Terra" que, como ressaltou Bento XVI, "no fluir da história permanece o testemunho
silencioso da vida terrena do Salvador".
O purpurado argentino faz votos de
que "possa crescer o movimento de caridade" a fim de "garantir à Terra Santa, de modo
ordenado e equânime, a ajuda necessária para a vida eclesial ordinária e para necessidades
particulares". E explica que entre as urgências a serem afrontadas há "sempre o irrefreável
fenômeno da emigração, que corre o risco de privar as comunidades cristãs dos melhores
recursos humanos".
O Cardeal Sandri assegura que a comunidade latina reunida
em torno do Patriarcado de Jerusalém e da Custódia Franciscana, bem como as outras
Igrejas orientais católicas poderão "se beneficiar da caridade de todos os católicos,
não em termos ocasionais, mas com a suficiente segurança e continuidade que permita
olhar para o futuro com esperança".
O cardeal elogia as Igrejas particulares
por tudo o que fazem em favor da Terra Santa, "especialmente graças aos peregrinos
e às iniciativas promovidas pelas crescentes formas de voluntariado" e ao compromisso
das paróquias e das famílias religiosas, como também de históricas instituições, fundações
e associações.
Com a carta, o Cardeal Sandri publicou também um documento sobre
projetos mantidos nos últimos dois anos pela Custódia da Terra Santa. Trata-se de
obras em favor dos jovens, das famílias, bem como de apoio escolar e, também, para
a construção de apartamentos para os pobres e para os jovens casais. (RL/AF)