2008-02-13 15:47:58

Iraque e Sudão serã em 2008 os principais receptores de ajuda da UNICEF


(13/2/2008) O Sudão e o Iraque vão ser em 2008 os principais receptores de ajuda da agência da ONU para a infância, UNICEF, que pediu um total de 590 milhões de euros para assistência em 39 países.
O apelo consta do Relatório de Acção Humanitária 2008, que identifica quatro dezenas de países onde devido a crises políticas ou a desastres naturais há milhares de crianças e de mulheres a necessitar de ajuda de emergência. Os países na origem dos apelos mais avultados são sobretudo aqueles que cada vez menos aparecem nas primeiras páginas dos jornais, mas onde os problemas persistem e, em muitos casos, agravam-se. É o caso do Sudão, a braços desde 2003 com a crise na província de Darfur que se juntou à já existente no sul do país, alvo do mais elevado pedido de ajuda da UNICEF para 2008: 104 milhões de euros. Em Darfur, a UNICEF identifica como pontos críticos a violência persistente, o aumento do número de deslocados internos (2,1 milhões) e, pela primeira vez, o surgimento de “bolsas de subnutrição” e os ataques ao pessoal humanitário.
Outro caso é o Iraque, que por si só é objecto de um apelo de 30 milhões de euros, mas cujos milhões de refugiados nos países vizinhos da Jordânia e da Síria justificam apelos financeiros de mais 35 milhões de euros.”Quase cinco anos depois do início do conflito a esperança de uma infância normal é arrebatada pela violência e pelo deslocamento forçado”, lê-se no relatório, À cabeça da lista de apelos estão também países como o Paquistão (50 milhões de euros), ainda confrontado com os 42 mil órfãos e 3,3 milhões de desalojados do terramoto de Outubro de 2005, ou a República Democrática do Congo (73 milhões euros), onde apesar do fim da guerra persistem conflitos em várias zonas e onde mais de metade das crianças até aos cinco anos morre de subnutrição. Entre os países que só mais recentemente voltaram a ser notícia de primeira página destaca-se o Chade, onde os rebeldes ameaçam desde o início de Fevereiro derrubar o regime de Idriss Deby, país para o qual a UNICEF pede 30,7 milhões de euros para fazer face às consequências do afluxo maciço de refugiados de Darfur.
No que aos países lusófonos diz respeito, o Fundo das Nações Unidas para a Infância pretende investir este ano mais de 10 milhões de euros para dar assistência na saúde, nutrição, higiene e educação em Timor-Leste, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique. A UNICEF afirma que precisa de 5,650 milhões de dólares (3,891 milhões de euros) para ajudar na saúde e nutrição das crianças, saneamento e higiene, educação e operações de emergência.








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