DOM CLAUDIO CELLI: SE A IGREJA NÃO SE FAZ PRESENTE NA MEDIA, PERDE OCASIÃO DE EVANGELIZAÇÃO
Madri, 13 fev (RV) - Os meios de comunicação devem ser como "uma mão estendida
a tanta gente que busca Deus e d'Ele tem uma profunda nostalgia": foi o auspício do
presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Arcebispo Claudio Maria
Celli, num pronunciamento feito nesta terça-feira, em Madri, Espanha, no âmbito da
assembléia dos delegados diocesanos dos meios de comunicação social.
São os
vários contextos e as várias culturas que requerem "modalidades diferentes de presença
e de linguagem" _ afirmou Dom Celli, para quem "embora a visibilidade da Igreja nos
meios de comunicação não garanta que se esteja evangelizando, uma ausência de visibilidade
é sinal de carência na evangelização".
Portanto _ prosseguiu o arcebispo _
é necessário que os comunicadores católicos tenham consciência da imagem da Igreja
que gostaria que o povo percebesse, visto que "essa percepção condiciona a missão
que nos é confiada".
Dom Celli considerou, de maneira realista, as dificuldades
que a Igreja deve afrontar num setor, como o setor mediático, no qual "no lugar da
mensagem da fé, se privilegia o espetáculo; no lugar da tradição, se privilegiam as
novidades; no lugar dos bens espirituais, os fenômenos tangíveis; no lugar da estrutura
eclesial, a democracia liberal; no lugar do magistério, se privilegiam os dissidentes;
no lugar da complexidade teológica, a banalidade da comunicação".
Recordando
a mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, no trecho que
_ observou _ "coloca os comunicadores diante da necessidade de tomar decisões" e de
se tornar "servidores de uma sociedade livre democrática e participativa", o presidente
do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais concluiu com um apreço àquelas pessoas
que trabalham nos meios de comunicação e que _ frisou _ "nem sempre são valorizadas
em seu esforço de serviço à verdade". (RL/AF)