DIA MUNDIAL DO DOENTE É MARCADO POR SOLENES CELEBRAÇÕES EM ROMA E EM LOURDES
Cidade do Vaticano, 11 fev (RV) - Um grande abraço espiritual entre Lourdes
e Roma, entre os peregrinos do santuário mariano francês e os peregrinos que se fizeram
presentes, esta manhã, na Basílica de São Pedro, para visitar as relíquias de Santa
Bernadette.
Enquanto dezenas de milhares de pessoas participaram, esta manhã,
em Lourdes, da santa missa pelos 150 anos da primeira aparição mariana, uma longa
coluna de peregrinos da UNITALSI _ União Nacional Italiana de Transporte de Doentes
a Lourdes e outros santuários internacionais _ percorreu em oração, a Via da Conciliação
(principal artéria que dá acesso à Praça São Pedro), por volta das 11h locais, para
participar do Angelus, na Basílica Vaticana, presidido pelo Vigário do papa para a
Cidade do Vaticano, Cardeal Angelo Comastri.
Esta tarde, o presidente do Pontifício
Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, presidiu,
na Basílica de São Pedro, à santa missa pelo Dia Mundial do Doente.
A esperança
celebrada no eixo Roma-Lourdes: mais de 50 mil fiéis e peregrinos se ajoelharam ou
uniram as mãos, sentados em suas cadeiras de rodas, para agradecer à jovem que, há
exatamente 150 anos, em sua absoluta pobreza humana, teve os olhos da alma abertos
ao extraordinário evento que mudou sua vida e que abriu, para milhões de enfermos
de ontem e de hoje, a possibilidade de esperar um conforto maior que um diagnóstico
médico.
Lourdes, lugar de curas do corpo e do espírito, uniu-se em torno de
seu bispo, Dom Jacques Perrier, para reviver os momentos da aparição da "Branca Senhora"
a Bernadette Soubirous, na gruta de Massabielle.
E o mesmo fizeram, à distância,
diante das relíquias da vidente francesa, os participantes da procissão que partiu
da Via da Conciliação até a Basílica Vaticana, onde os aguardava o Cardeal Angelo
Comastri.
Recitando o Angelus com os peregrinos e os doentes presentes, o purpurado
recordou as condições de miséria extrema da família Soubirous, obrigada a viver numa
ex-cela carcerária. Pensando naquele dia 11 de fevereiro de 1858, o cardeal observou:
"Pois
bem, Nossa Senhora naquele dia, olhando para a Terra, não encontrou pessoa mais digna
do que Bernadette Soubirous, porque tinha a alma pura, tinha a alma humilde. Portanto,
era capaz e estava pronta para acolher a mensagem de Deus, a mensagem do céu. Enquanto
os restos de Bernadette chegavam aqui à praça da basílica, dentro de mim eu disse:
"Que lição, ó Deus, o Senhor deu a nosso orgulho! Que lição deu à nossa soberba!"
Esta pequena _ pensemos _ com 14 anos, ainda não tinha sido admitida à Primeira Comunhão,
havia sido rejeitada. Após as aparições, foi admitida. E, no entanto, o céu olhou
com simpatia para Bernadette Soubirous." (RL/AF)