CLERO SALVADORENHO PEDE AO PAPA BISPO MAIS PRÓXIMO AO POVO
Cidade do Vaticano, 11 fev (RV) - Os sacerdotes salvadorenhos querem que o
próximo arcebispo da capital, San Salvador, tenha "uma sólida experiência de trabalho
pastoral paroquial", demonstre uma "destacada sensibilidade em relação aos pobres
e excluídos" e "abrace uma espiritualidade de comunhão".
Além disso, que seja
salvadorenho, como sempre aconteceu, com exceção do atual arcebispo, Dom Fernando
Sáenz Lacalle, nascido na Arquidiocese espanhola de Pamplona, e que pertença "ao clero
arquidiocesano".
Esse é o perfil do próximo arcebispo de San Salvador, delineado
na carta enviada ao prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Giovanni Batista
Re, assinada por 285 dos 584 sacerdotes salvadorenhos, em vista da iminente renúncia
de Dom Sáenz Lacalle, que completou 75 anos em novembro do ano passado.
Outras
57 assinaturas foram acrescentadas, após a entrega da carta ao Cardeal Battista Re.
Quando
o pedido de renúncia de Dom Sáenz Lacalle for aceito pelo papa, Bento XVI deverá designar
o sucessor da sé arquiepiscopal que foi ocupada por Dom Oscar Arnulfo Romero, assassinado
pelos esquadrões da morte, em 1980.
O clero salvadorenho acredita que um arcebispo
"filho do país" tornaria "mais fácil seu relacionamento com os fiéis confiados a seu
governo pastoral, e capaz de assimilar os processos nacionais que se desenvolvem cotidianamente,
e aos que deve dar uma resposta rápida e apropriada que, em muitos casos, não é apenas
fruto de uma reflexão, mas também um modo de ser e de viver, segundo a identidade
de cada povo". (AF)