(9/2/2008) A Rede África-Europa Fé e Justiça acaba de publicar um relatório sobre
a malária em África e a qualidade dos medicamentos para a prevenção e tratamento da
doença, sublinhando a importância da Igreja no cuidado da saúde. O objectivo do
relatório é “ajudar os responsáveis pelas formações sanitárias a aperceberem-se da
importância e da necessidade de ter medicamentos de qualidade para tratar as pessoas,
e incitá-los a assegurarem-se de que o controlo nos centros de compra de medicamentos
é feito correctamente”. A organização cristã apresenta respostas de 167 instituições
de saúde (hospitais, centros de saúde, dispensários, etc.), que abrangem 5289 camas
e atendem cerca de 66 362 pacientes por dia. As respostas recebidas revelam que,
relativamente à prevenção e ao tratamento da malária, há uma enorme variedade de tratamentos
que provêm da grande diversidade de empresas farmacêuticas e de países produtores
de medicamentos. A primeira parte do documento é o resultado dum inquérito realizado
em Setembro de 2006 aos missionários e missionárias que trabalham na área da saúde,
com a intenção de comprometer os missionários (30 000 membros, dos quais 20 000 estão
em África e Madagáscar), que trabalham em instituições de saúde a estarem atentos
aos problemas relacionados ao direito à medicação, às doenças negligenciadas e ao
acesso a medicamentos de qualidade a preços razoáveis. A segunda parte é um estudo
sobre a qualidade dos medicamentos para a malária. Tem como objectivo fazer uma lista
discriminada dos anti-palúdicos e referenciar o nível de qualidade das companhias
produtoras válidas em cada país. Segundo dados da OMS, a malária mata anualmente
em África cerca de 800 mil crianças com idade inferior a cinco anos.