CUSTÓDIO DA TERRA SANTA CONDENA ATENTADO SUICIDA EM ISRAEL
Dimona, 04 fev (RV) - Depois de uma pausa de mais de um ano, o terrorismo palestino
volta a se fazer sentir em Israel: um ataque suicida em Dimona, no sul do Estado judaico
matou uma mulher e feriu outras 11 pessoas, na manhã desta segunda-feira.
O
ataque foi perpetrado por uma mulher-bomba. A cidade de Dimona fica a 40 km de Be'er
Sheva, onde está localizada uma base de um reator nuclear de Israel. Segundo Yossi
Porianta, chefe da polícia de Negev, havia um segundo terrorista na ação, mas ele
não chegou a detonar o explosivo que carregava, pois levou um tiro das forças de segurança
antes que conseguisse agir.
Os dois terroristas entraram em Israel depois
de atravessar a parte do muro entre a Faixa de Gaza e o Egito. O ataque foi reivindicado
pelos Mártires de Al Aqsa, considerados próximos ao partido "al Fatah", do presidente
palestino Abu Mazen.
O grupo extremista Jihad Islâmico afirmou que o ataque
foi uma reação "à ocupação israelense". O ataque ocorre semanas depois que Israel
e a Autoridade Nacional Palestina retomaram as discussões de paz, contra as quais
se posiciona o Hamas, que se apropriou de Gaza em junho do último ano.
"O ataque
demonstra que a segurança em Israel nunca existiu": assim, o Custódio da Terra Santa,
Fr. Pierbattista Pizzaballa, comenta o atentado desta manhã, em Dimona. "Esse atentado
reacende nos israelenses medos que nunca foram extirpados e será um ulterior elemento
que fará ruir as possibilidades de um acordo" _ afirma o Custódio.
"É evidente
que Gaza representa uma questão importante a ser resolvida. Entretanto, Hamas e al
Fatah não se entendem, uma divisão que não ajuda a revolver a crise" _ acrescenta
Fr. Pizzaballa, sublinhando acreditar que esse ataque não prejudicará as peregrinações,
vista também a distância dos locais de culto. (BF/PL/AF)