DELEGAÇÃO ECUMÊNICA VISITA QUÊNIA PARA PEDIR O FIM DA VIOLÊNCIA
Nairóbi, 02 fev (RV) - Uma delegação ecumênica do Conselho Mundial das Igrejas
(KEK) está visitando o Quênia, nesses dias, para manifestar a solidariedade das Igrejas
de todo o mundo para com a população local, que está vivendo dias de confrontos e
devastações.
Os membros da delegação fazem parte do "Living letter", uma das
iniciativas do projeto do Conselho ecumênico das Igrejas para a década (2001-2010),
para vencer a violência. O secretário-geral do KEK, reverendo Samuel Kobia, que é
queniano, expressou a esperança de que seu país possa "superar a situação existente,
e que as Igrejas possam desempenhar um papel importante para acelerar o fim desta
fase".
O programa da visita ecumênica prevê encontros com os líderes religiosos
quenianos, com os líderes políticos, as comunidades locais e as organizações da sociedade
civil em Nairóbi e nas principais cidades do país.
Também a Caritas Internacional
lançou, nos dias passados, um apelo dirigido ao governo e ao povo queniano para deter
a violência. "Testemunhamos a violência em Ruanda, na República Democrática do Congo
e a dissolução da Iugoslávia e, hoje, o sofrimentos dos povos da Terra Santa e de
Darfur. Diante dessa situação, a Caritas pede ao governo, aos políticos e à população
que ponha fim à violência", afirma a nota da organização, que continua: “Muitos danos
já foram feitos, mas nunca é demasiado tarde para deter o desastre. É preciso aprender
com a história: a guerra nunca é uma solução".
A violência generalizada começou
no Quênia depois das eleições presidenciais de 27 de dezembro passado, vencidas pelo
presidente, Mwai Kibaki, e contestadas pela oposição. Os confrontos provocaram inúmeras
vítimas, desencadeando uma emergência humanitária, com milhares de deslocados. (BF)