2008-01-31 12:27:55

DIRETORES E VOLUNTÁRIOS DA CÁRITAS FAZEM APELO PELO FIM DA VIOLÊNCIA NO QUÊNIA


Nairóbi, 31 jan (RV) - Diretores e voluntários da Cáritas testemunhas da destruição da guerra em diferentes partes do mundo exortaram o governo e a população do Quênia a que apóiem o diálogo e o cessar da violência.

Em uma declaração, afirmam: “Nossos países foram separados com a violência política, étnica e religiosa. Fomos testemunhas da devastação causada por estas divisões e agora seguimos com desespero a situação no Quênia, um país que durante anos foi considerado modelo de estabilidade, em uma região turbulenta”.

Firmam a mensagem, entre outros, Dom Thaddée Ntihinyurwa, arcebispo de Kigali e presidente de Cáritas Ruanda; o bispo Louis Nzala Kianza, presidente de Cáritas na República Democrática do Congo; Nuth Samol, diretor de Cáritas Camboja; o padre Louis Samaha, presidente de Cáritas Líbano; Claudette Habesch, secretário-geral de Cáritas Jerusalém; Dom Héctor Fabio, diretor de Cáritas Colômbia; e Lesley-Anne Knight, secretária-geral de Cáritas Internacional.

“A situação segue piorando cada dia, pelo caminho da matança e da limpeza étnica”, afirmam em seu comunicado. “Em Ruanda, mais de meio milhão de pessoas foram massacradas em três meses. Na República Democrática do Congo, mais de cinco milhões de pessoas morreram desde 1995”.

“Com a divisão da Iugoslávia, voltou o genocídio à Europa, com cenas remanescentes da Segunda Guerra Mundial ou do Holocausto do povo judeu. Na Terra Santa, a população ainda segue sofrendo, sobretudo em Gaza. Hoje em Darfur há dois milhões e meio de pessoas sem-teto”. “Rogamos ao governo, aos partidos da oposição e ao povo queniano que ponham fim à violência”, afirmam os signatários.

“Já se fez muito dano, mas ainda não é demasiado tarde para afastar-se do precipício. Oferecemos-lhes as lições aprendidas em nossos países, em solidariedade com aqueles mergulhados neste conflito, e com a esperança de que nossos exemplos sirvam para impedir o Quênia de prosseguir no caminho da tragédia. A paz e a reconciliação, através do diálogo, são os únicos caminhos a seguir”. (SP)







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