Holocausto recordado como "lição" para as gerações futuras
(28/1/2008) Não se pode apagar o Holocausto da memória colectiva, nem da dos judeus
nem da Humanidade, pois só assim se poderá prevenir novos genocídios. Basicamente
foi esta a mensagem repetida, neste dia 27, para assinalar o Dia Internacional da
Memória das vítimas do Holocausto, celebrado na Sinagoga Shaaré Tikvá, em Lisboa.
"Estamos aqui a cumprir um dever de memória", defendeu o presidente da República
que presidiu à cerimónia. Fez ontem 63 anos que as tropas russas entraram no campo
de concentração de Auschwitz. O dia 27 de Janeiro foi, por isso, escolhido pelas Nações
Unidas para assinalar o Dia das Vítimas do Holocausto. A resolução 60/7, de Novembro
de 2005, da ONU também incita todos os seus Estados membros a incluírem nos seus currículos
educativos o Holocausto, para que o período negro da História do século XX, sirva
de "lição" para as gerações futuras.
Líderes da comunidade judaica juntaram-se
ao presidente da Republica portuguesa nos apelos contra o racismo, a xenofobia e o
anti-semitismo. Cavaco Silva recorreu ao Talmude - livro sagrado judaico - para condenar
o preconceito contra a diferença religiosa, política, étnica ou cultural "aquele que
é de todos o mais poderoso não é o que destrói o seu inimigo mas o que transforma
o inimigo em amigo". Fora da sinagoga, no entanto, o mundo acompanha com expectativa
a escalada de conflitos que facilmente descambam em novos genocídios; como o do Quénia,
só para dar um exemplo.