Pax Christi Internacional pede paz para o Quénia, onde já se encontra Kofi Annan para
tentar uma nova mediação na crise
(22/1/2008) A Pax Christi Internacional e as suas organizações parceiras no chamado
Corno de África estão preocupadas com a violência que assolou o Quénia após as eleições
do dia 27 de Dezembro. Numa declaração datada de 11 de Janeiro, o movimento católico
internacional para a paz deplora as numerosas perdas de vidas humanas, as múltiplas
destruições de bens e o deslocamento massivo de pessoas, num país que foi para muitos
africanos um modelo de segurança e democracia no continente. Fazendo um apelo
a todos os quenianos a cessarem imediatamente a violência que está a destruir o seu
país, insta também a classe dirigente queniana, particularmente o presidente Mwai
Kibaki e Raila Odinga, a procurar uma resolução rápida e pacífica para a crise e a
apelar aos seus eleitores a cessarem os combates.
Kofi Annan, antigo Secretário-geral
da ONU, chegou esta terça feira a Nairobi para tentar uma nova mediação na crise,
sob a égide da União Africana. O Conselho de Paz e Segurança da UA “pediu um inquérito
aprofundado para identificar os responsáveis pelas violações e levá-los à Justiça”,
revela um comunicado da organização. No documento pede-se às partes em conflito
que se abstenham de “qualquer acto de violência” e que os seus “apoiantes ponham um
fim imediato à violência”.
No total, mais de 700 pessoas morreram e mais de
250 mil estão deslocadas nas violências pós-eleitorais no Quénia entre apoiantes da
oposição e de Kibaki mas também entre a polícia e os manifestantes pró-oposição.