2008-01-21 15:30:16

"O ensino é expressão da caridade de Cristo": Bento XVI á Congregação para a Educação Católica


(21/1/2008) Dirigindo-se, também nesta segunda-feira, à assembleia plenária da Congregação para a Educação Católica, Bento XVI observou que “o ensino é expressão da caridade de Cristo e é a primeira das obras de misericórdia espiritual que a Igreja está chamada a realizar”. “Desde sempre o sector da educação é particularmente caro à Igreja, chamada a fazer sua a solicitude de Cristo que – narra o evangelista – vendo as multidões ‘se comoveu… porque eram como ovelhas sem pastor, e começou a ensinar-lhes muitas coisas’.”
O Papa considera que no actual contexto social, marcado por uma evidente crise educativa, também a escola se deve interrogar sobre a missão que lhe compete. “Embora aberta a todos e respeitando a identidade de cada um (sublinhou), a escola católica, que tem por missão primária formar o aluno segundo uma visão antropológica integral, não pode deixar de propor uma sua perspectiva educativa própria, humana e cristã”. Daqui um “novo desafio” que a globalização e o crescente pluralismo tornam ainda mais premente: o desafio “da interculturalidade e da inter-religiosidade”.
“O acolher da pluralidade cultural dos alunos e dos pais confronta-se necessariamente com duas exigências”:
Por um lado, não excluir ninguém em nome da sua pertença cultural ou religiosa, ou melhor, mais subtilmente, não ignorar e portanto não anular a sua identidade; por outro lado, uma vez reconhecida e acolhida esta diversidade cultural e religiosa, não deter-se na pura constatação. Isso equivaleria a negar que as culturas se respeitam verdadeiramente quando se encontram , e que os homens se possam falar, compreendendo-se para além das distâncias espaciais e temporais.
Em relação aos outros dois pontos da agenda de trabalhos desta assembleia plenária da Congregação para a Educação Católica – o projecto de reforma dos estudos eclesiásticos de filosofia e a questão da reforma da “Ratio fundamentalis institutionis sacerdotalis” dos Seminários (1970, retocada em 1985), Bento XVI concordou com a oportunidade de que se proceda a uma actualização das orientações existentes para estas duas realidades educativas. No caso dos Seminários, o Papa sublinhou “a importância de uma correcta articulação das diversas dimensões da formação sacerdotal na perspectiva da Igreja-comunhão, seguindo as indicações do Concílio Vaticano II”, mas oferecendo também aos sacerdotes “orientações úteis para dialogar com as culturas contemporâneas”.








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