2008-01-18 20:43:00

CARTA DO PAPA A PE. KOLVENBACH, POR OCASIÃO DA 35ª CONGREGAÇÃO GERAL DA COMPANHIA DE JESUS


Cidade do Vaticano, 18 jan (RV) - Alguns dias antes de apresentar sua renúncia como prepósito-geral da Companhia de Jesus, Pe. Peter-Hans Kolvenbach recebeu uma carta pessoal do papa. Pe. Kolvenbach _ refere um comunicado dos Jesuítas _ compartilhou a missiva com os membros da Congregação Geral e com toda a Companhia, e referiu a Bento XVI "a profunda atenção e gratidão" com que acolheu sua mensagem".

O prepósito-geral comunicou aos jesuítas "o afeto, a proximidade espiritual, a estima e a gratidão com que os Sucessores de Pedro olharam e olham para a Companhia de Jesus, continuando a esperar dela um fiel serviço ao anúncio íntegro e sem incertezas do Evangelho em nosso tempo".

Colocando-se em continuidade com os pronunciamentos de seus predecessores, o Santo Padre evoca, em sua carta, o laço particular que liga a Companhia de Jesus ao Sucessor de Pedro, expresso no "quarto voto" de obediência pessoal ao papa, como definido na "fórmula" de fundação de Santo Inácio: "Militar por Deus, sob o estandarte da Cruz e servir somente o Senhor e a Igreja, sua esposa, à disposição do pontífice romano, Vigário de Cristo na terra."

"Dessa fidelidade, que constitui o sinal distintivo da ordem, a Igreja precisa, sobretudo, hoje _ ressalta o papa _ numa época em que se percebe a urgência de transmitir, na íntegra, aos nossos contemporâneos distraídos por tantas vozes discordantes, a única e inalterada mensagem de salvação, que é o Evangelho, "não como palavra de homens, mas como é verdadeiramente, como palavra de Deus", que atua naqueles que crêem."

"Portanto, a obra de evangelização da Igreja conta muito com a responsabilidade formativa que a Companhia tem, no campo da Teologia, da espiritualidade e da missão" _ continua o pontífice, pedindo aos participantes da 35ª Congregação Geral, que reafirmem, no espírito de Santo Inácio, sua adesão à doutrina católica, em particular, sobre pontos nevrálgicos, hoje fortemente atacados pela cultura secular, como _ por exemplo _ a relação entre Cristo e as religiões, alguns aspectos da Teologia da Libertação, e vários pontos da moral sexual, de modo particular no que se refere à indissolubilidade do matrimônio e à pastoral das pessoas homossexuais."

Em sua carta, o Santo Padre faz votos de que a 35ª Congregação Geral "reafirme com clareza, o autêntico carisma do fundador, para encorajar todos os jesuítas a promoverem a verdadeira e sadia doutrina católica".

Além disso, retomando as palavras de João Paulo II, em 1995, Bento XVI convida os membros da ordem a reafirmarem "sem equívocos e sem hesitações", a fidelidade amorosa ao carisma indicado por Santo Inácio, como fonte segura de renovada fecundidade.

A Companhia de Jesus _ afirma Pe. Kolvenbach em sua carta de resposta ao papa _ declara sua vontade de responder sinceramente aos convites e aos pedidos do Santo Padre. A Congregação Geral dedicará a eles toda a atenção devida, durante seus trabalhos, parte dos quais será dedicada justamente aos temas da identidade e da missão dos jesuítas, e da obediência religiosa e apostólica, em particular, da obediência ao papa. (RL/AF)







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