2008-01-17 11:56:50

COLÔMBIA: IGREJA ATUA COME MEDIADORA NO DIÁLOGO ENTRE GOVERNO E GUERRILHEIROS


Bogotá, 17 jan (RV) - A Igreja Católica na Colômbia, histórica mediadora no diálogo entre o governo e a guerrilha colombiana, retomou os contatos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) para a criação de uma "zona de encontro", que sirva de base para a negociação de um acordo humanitário sobre os reféns em mãos dos guerrilheiros. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do Arcebispado, em Bogotá.

De acordo com declarações do presidente da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Luis Augusto Castro Quiroga, arcebispo de Tunja, a Igreja Católica pediu à guerrilha que autorizasse a Cruz Vermelha a visitar os reféns e aceitasse conversar com o governo da Colômbia, nessa "zona especial". Para os bispos, esse violento conflito interno que já dura mais de quatro décadas, pode terminar somente através do diálogo.

"Entramos em contato com os rebeldes, e estamos progredindo, mas a discrição é fundamental nestes casos" _ disse o arcebispo, ao término de um encontro com o Conselho Gremial Nacional (CGN) das associações empresariais do país.

O presidente do Episcopado, e o secretário-geral da CEC, Dom Fabián Marulanda López, bispo emérito de Florencia, informaram o CGN sobre a iniciativa da "zona de encontro", que foi apresentada _ e aceita _ ao presidente Álvaro Uribe, em dezembro do ano passado.

A proposta prevê que um "comissário de paz" se reúna com representantes das FARC, na área estabelecida, na tentativa de negociar a libertação de 44 reféns políticos, entre eles a ex-candidata presidencial, Ingrid Betancourt.

Por exigência do governo, a "zona de encontro" deve ter cerca de 150 km2, num território rural onde não haja postos militares ou policiais e, preferencialmente, sem população civil ou com um mínimo de habitantes. O presidente Uribe exigiu também, que "o território tenha a presença de observadores internacionais".

Falando com a imprensa, Uribe referiu-se às provas de vida entregues, na última segunda-feira, pela ex-congressista Consuelo González de Perdomo, libertada pelas FARC na quinta-feira da semana passada, às famílias de oito reféns em mãos da guerrilha. (CM/AF)







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