"Urgência humanitaria", o diálogo entre civilizações.
(15/1/2008) O diálogo entre civilizações é uma "urgência humanitária" que não pode
ser adiada, sendo essencial usar a pioneira Aliança das Civilizações para ultrapassar
os actuais impasses, afirmou hoje, em Madrid, Jorge Sampaio. O Alto Representante
das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações (AdC) e antigo Presidente de Portugal
afirmou que "o diálogo entre civilizações, religiões e culturas tornou-se numa urgência
humanitária que não pode ser adiada. E esta iniciativa, da AdC, é uma iniciativa certa
no momento certo", para responder a isso. Optimista sobre a iniciativa, apadrinhada
já por 80 governos e organizações, Jorge Sampaio frisou que o maior trunfo da Aliança
é "o facto de ser orientada para acção e para a obrigatoriedade de resultados". Como
exemplo dos avanços já conseguidos destacou a realização do próprio fórum que hoje
começa - e no qual participam mais de 300 líderes políticos, religiosos, económicos
e da sociedade civil, de todo o mundo. Jorge Sampaio lembrou as preocupações que
subsistem, admitindo que o diálogo intercultural envolve "questões fundamentais que
não se resolverão a curto prazo" e que terão sempre que enfrentar a "tentação da desistência".
Mais de 350 participantes, 30 empresários de relevo mundial, líderes religiosos,
políticos e de organizações cívicas reúnem-se a partir de hoje em Madrid no 1º Fórum
da Aliança das Civilizações (AdC). A reunião decorre até Quarta-feira. Jorge Sampaio,
Alto Representante das Nações Unidas para a AdC, partilhou a sessão de abertura com
os chefes dos governos espanhol e turco, José Luis Rodríguez Zapatero e Recep Tayyip
Erdogan, respectivamente, e com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Redacção/Lusa