2008-01-15 20:16:57

CARDEAL BERTONE: FORÇAS ARMADAS SÃO ESPECIALISTAS EM SOLIDARIEDADE NO MUNDO


Roma, 15 jan (RV) - "Todos aspiramos à paz, mas a paz verdadeira não é simples conquista do homem ou fruto de acordos políticos e militares: ela é, em primeiro lugar, um dom divino a ser implorado; é, ao mesmo tempo, um compromisso constante, humilde e generoso, a ser portado avante com paciência": foi o que ressaltou o cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, ao presidir, neste último domingo, a celebração pelo Dia da Paz, organizado _ também este ano, em Roma _ pelo Ordinariato Militar da Itália.

Pela primeira vez, o rito _ oficiado na Igreja de Santa Catarina de Sena, no centro da capital italiana _ foi presidido pelo Cardeal Bertone, que entregou, idealmente, a mensagem de Bento XVI pelo Dia Mundial da Paz, e prestou uma homenagem pessoal àqueles que _ disse _ "pagaram com a vida" seu serviço à paz, assegurando "uma oração por suas almas e renovando a proximidade espiritual a suas famílias".

"No vasto canteiro de obras da paz mundial, as forças armadas _ observou o purpurado _ têm um específico papel: elas estão a serviço da paz, como se percebe cada vez mais, por parte da opinião pública, e como demonstram as muitas missões humanitárias" levadas a cabo pelos soldados italianos, "com generosa dedicação, em lugares da terra atormentados e em situação de risco".

Em particular, o cardeal secretário de Estado ressaltou que "a paz que nós desejamos para a humanidade" é "a paz que não nos cansamos de invocar com a oração, e de construir com incessante esforço; a paz que nasce, sobretudo, em nós mesmos, quando conseguimos apagar em nosso coração, o fogo violento do ódio, da inveja, do egoísmo e da indiferença".

A Eucaristia foi concelebrada, entre outros, pelo Arcebispo Vincenzo Pelvi que, em outubro de 2006, assumiu o governo pastoral do Ordinariato Militar da Itália.

Em sua homilia, o Cardeal Bertone recordou três importantes aniversários: os 40 anos da instituição do Dia Mundial da Paz, os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem, e os 25 anos da adoção, por parte da Santa Sé, da Carta dos Direitos da Família.

O purpurado expressou aos capelães militares e a todos os que atuam num setor pastoral tão importante, seu apreço "pelo entusiasmo, dedicação e zelo" com que desempenham sua "missão apostólica entre os soldados, tornando a Igreja visível e próxima à pessoa".

O ministério dos capelães é "ministério de paz", disse o purpurado. Por isso, num mundo sedento de esperança, o secretário de Estado fez votos de "que a paz verdadeira seja Evangelho, boa notícia e mensagem de salvação para todos".

Em particular _ acrescentou ele _ "para nós, cristãos, Cristo é a nossa Paz: Ele que abateu as barreiras da divisão e da indiferença recíproca, que uniu povos diversos no vínculo do único amor".

A seguir, referindo-se à mensagem do papa, o Cardeal Bertone ressaltou que recordar que, na raiz da paz entre as nações está a família, significa "que justamente a família-modelo pode e deve inspirar as relações de solidariedade e de colaboração a serem construídas incansavelmente, no âmbito da única comunidade humana, constituída pelo conjunto dos povos da Terra".

O cardeal acrescentou que "é na família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, que se faz a experiência de alguns componentes fundamentais da paz: a justiça e o amor _ mas também a autoridade exercida pelos pais, o serviço e a ajuda a quem precisa, até o acolhimento e o perdão".

De resto, há um estreito elo entre família, sociedade e paz. A primeira deve ser protegida com medidas concretas, porque constitui um recurso de paz. "Os valores e os direitos da família natural _ concluiu _ são os fundamentos da paz no mundo e, somente protegendo decididamente a instituição familiar, se consegue tornar mais sólida toda a comunidade internacional." (RL/AF)







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