2008-01-12 14:45:43

Partes quenianas desavindas exortadas a manterem o diálogo: comunidade internacional teme guerra civil


( 12/1/2008) O ex - presidente moçambicano, Joaquim Chissano, exortou ontem as partes quenianas desavindas a manterem o diálogo, considerando que «basta de violência», mas todos os esforços internacionais de mediação parece terem falhado.
Apesar dos apelos à conciliação, a oposição voltou a convocar manifestações em todo o país, após uma semana de intensos contactos com mediadores internacionais que tentaram promover um compromisso político entre o presidente Mwai Kibaki e o líder da oposição Raila Odinga.
O Movimento Democrático Laranja (MDL), de Odinga, convocou uma manifestação para quarta-feira em Nairobi, após o fracasso das negociações sobre a eleição presidencial contestada. “É tempo de dizer basta, não mais à violência... já basta”, afirmou Joaquim Chissano durante uma conferência de imprensa conjunta com o líder da oposição Raila Odinga. Odinga disse ao líder da missão de bons ofícios de quatro antigos chefes de Estado africanos ao Quénia que “quer a paz, mas que só haverá paz duradoura com justiça”.
No dia anterior, Odinga reuniu-se com o presidente da União africana (UA) e chefe de Estado do Gana, John Kufuor, a quem reiterou as mesmas posições de príncipio. Kufuor deixou o país após uma missão de dois dias e entregou a dura tarefa de mediação entre os rivais queinianos ao antigo secretário-Geral da ONU Koffi Annan. O presidente da UA conseguiu, aparentemente, obter a promessa de Kibaki e Odinga de “empenhamento a favor do diálogo e de uma cessação da violência”.
A onda de violência sem precedentes no país que se seguiu ao anúncio da reeleição do actual Presidente da República, imediatamente contestado pela oposição, já causou mais de 600 mortos e 250 mil deslocados.
Os conflitos, que a comunidade internacional teme acabem numa guerra civil, mancharam a imagem de regime democrático ostentada pelo Quénia e prejudicou a maior e a mais promissora economia do leste da África. O fracasso dos esforços realizados pelo presidente da UA, John Kufuor deixou preocupados os quenianos, que enfrentam um dos momentos mais delicados de sua história desde a independência .








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