Cidade do México, 11 jan (RV) – No México, a Igreja ajuda os camponeses pobres,
fragilizados com a entrada em vigor, no dia 1º de janeiro, do Tratado de Livre Comércio
da América do Norte (TLCAN), que não prevê obstáculos aduaneiros à venda de produtos
agropecuários do Canadá e dos Estados Unidos no México.
A Igreja Católica anunciou
que promoverá espaços de comércio justo nas paróquias, que permita a venda direta
de produtos agropecuários, evitando, assim, a perda de empregos num setor pobre, que
não pode competir contra os agricultores norte-americanos e canadenses, subsidiados
por seus respectivos governos.
O bispo auxiliar de Monterrey, Dom Gustavo Rodríguez
Vega, presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social, da Conferência Episcopal
Mexicana, explicou que a campanha "Solidariedade por um comércio justo e um consumo
responsável" se desenvolverá em diversas paróquias mexicanas, promovendo os pequenos
agricultores do país.
"A diminuição de impostos na importação de feijão, açúcar,
leite em pó e milho é também causa de preocupação da hierarquia católica, que centraliza
sua atenção nos camponeses pobres e indígenas" _ destacou o bispo auxiliar de Monterrey.
A
Igreja no México prepara um documento que apresenta sua postura em relação aos camponeses
pobres, os indígenas e aos aspectos negativos e positivos do Tratado de Livre Comércio
da América do Norte.
No dia 31 de janeiro, organismos camponeses e partidos
políticos da oposição realizarão uma marcha contra o capítulo agropecuário do Tratado.
(EP/AF)