2008-01-08 10:45:27

ROMA: CARDEAL RODÉ PRESIDE SANTA MISSA INAUGURAL DA 35ª CONGREGAÇÃO GERAL DA COMPANHIA DE JESUS


Roma, 07 jan (RV) – Foi presidida pelo prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal Franc Rodé, esta manhã, na Igreja de Jesus, no centro histórico de Roma, a missa de inauguração da 35ª Congregação Geral da Companhia de Jesus, com a presença de mais de 200 sacerdotes.

A Congregação Geral elegerá o novo prepósito-geral jesuíta, que substituirá, no cargo, Pe. Peter-Hans Kolvenbach. A reunião _ que pode durar até mais de um mês _ segue as normas estabelecidas pelo fundador da Companhia de Jesus, Santo Inácio de Loyola.

Em sua homilia, o Cardeal Franc Rodé, reafirmou "em espírito de fé", "o tradicional vínculo de amor e serviço que une a "Companhia de Jesus ao Pontífice", assim como o quarto voto dos jesuítas (para além dos votos de pobreza, obediência e castidade), de obediência total e pessoal ao papa.

O cardeal falou sobre a necessidade de a Igreja enfrentar, com a mudança dos tempos, "as novas e urgentes necessidades (...), entre elas, a de apresentar aos fiéis e ao mundo, a autêntica verdade revelada na Escritura e na Tradição".

O cardeal convidou ainda, os jesuítas, a uma tomada de posição de vanguarda, para "transmitir a verdade eterna ao mundo de hoje, com uma linguagem atual".

"Não abandonem este desafio" _ exortou o Cardeal Rodé. "Trata-se de uma tarefa difícil, incômoda, e de risco (...) mas é uma tarefa necessária à Igreja, e é parte de sua missão. Os compromissos apostólicos exigidos pela Igreja são muitos, mas todos têm um denominador comum: o instrumento que os realizam devem, de acordo com uma frase inaciana, ser um instrumento unido em Deus"_ concluiu o cardeal.

Logo após a missa de abertura da 35ª Congregação Geral da Companhia de Jesus, Pe. Kolvenbach, que obteve autorização de Bento XVI para renunciar a seu cargo de prepósito-geral da Companhia, se dirigiu ao altar onde são conservadas as relíquias de Santo Inácio de Loyola, e acendeu o lume que será apagado somente ao término dos trabalhos da Congregação Geral.

Em entrevista à Rádio Vaticano e ao jornal "L'Osservatore Romano", Pe. Kolvenbach disse, comentando a eleição de seu sucessor...

Pe. Peter-Hans Kolvenbach:- "A luz-guia da Congregação Geral será necessariamente a escolha do novo superior geral. Escolhendo um ou outro, entre milhares de jesuítas capazes de se tornar superior-geral, a Companhia diz o que espera para seu futuro: um profeta ou um sábio, um inovador ou um moderador, um contemplativo ou um ativo, um homem de vanguarda ou um homem de união? De fato, a Congregação se inicia com uma avaliação da sua atual situação, com um discernimento sobre o que são luzes e, principalmente, sombras, no serviço da Companhia à Igreja e ao mundo. É dessa avaliação que deve iniciar a luz-guia: eis o jesuíta de que precisamos para progredir no caminho de Deus."

Em sua entrevista, Pe. Kolvenbach falou também, sobre a missão do jesuíta...

Pe. Peter-Hans Kolvenbach:- "O jesuíta é essencialmente um homem de missão. Uma missão que ele recebe do Santo Padre e dos superiores, mas, em última análise, do Senhor Jesus, enviado do Pai. Os jesuítas desejam continuar entre os homens e mulheres do nosso tempo, sobretudo, onde há mais necessidade. Isso comporta uma presença nas fronteiras que, um tempo, eram principalmente fronteiras geográficas da cristandade e, hoje, são especialmente fronteiras entre o Evangelho e a cultura, entre a fé cristã e a ciência, entre Igreja e a sociedade, entre a Boa Nova e um mundo perturbado e desorganizado. De acordo com as exigências dessa missão, haverá sempre, uma incrível variedade de escolha e de obras apostólicas, mas em todas, estarão reunidas estas três responsabilidades: anunciar a palavra de Deus, partilhar a vida de Cristo e testemunhar a caridade que o Espírito solicita e alimenta." (EP/AF)







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