2008-01-04 17:49:33

DECISÕES DE GOVERNOS LATINO-AMERICANOS DEIXAM EPISCOPADO OTIMISTA


Caracas, 04 jan (RV) – O Episcopado latino-americano manifesta otimismo com decisões governamentais na região: pesquisa de opinião na sociedade cubana e decreto de anistia na Venezuela.

O cardeal-arcebispo de Caracas, Jorge Liberato Urosa Savino, comentou o decreto de anistia assinado pelo presidente Hugo Chávez, em 31 de dezembro, que favorece algumas pessoas processadas pelo golpe de Estado de 2002.

"Acredito que é um passo avante, na linha da reconciliação em que tanto insistimos nós, os bispos venezuelanos" _ disse o Cardeal Urosa Savino, ao término da santa missa de 1º de janeiro, solenidade de Maria Santíssima, Mãe de Deus.

Segundo o cardeal, a decisão de Chávez "é uma medida que vai aliviar tensões e dar liberdade a um grande número de venezuelanos, tanto os que foram beneficiados pela Lei de Anistia quanto os que foram beneficiados pelo indulto presidencial, além dos que estão presos por delitos comuns".

O cardeal-arcebispo de Havana, Jaime Lucas Ortega y Alamino, por sua vez, considerou um "passo promissor, que gera expectativas" o fato de o governo cubano ter solicitado que todos os setores da sociedade se expressassem sobre a realidade do país.

Durante a celebração do Dia Mundial da Paz, o Cardeal Ortega y Alamino recordou que a sociedade cubana expressou "uma grande quantidade de críticas, queixas e propostas baseadas na necessidade de mudanças, inclusive estruturais, na organização e desenvolvimento da vida nacional".

Na realidade, a mensagem de Natal da Conferência Episcopal Cubana já se referia ao convite do governo de Fidel Castro. Quando "surgem tantas expectativas a respeito de mudanças necessárias que possam melhorar e transformar a vida nacional" _ assinala a mensagem natalina _ a Igreja se declara participante "dessa espera, e oferece sua oração e sua contribuição, para que se encontrem soluções reais e eficazes que favoreçam caminhos de esperança".

Na ocasião, o cardeal criticou o governo cubano, alertando para possíveis leis que permitam um "falsamente chamado matrimônio" entre pessoas do mesmo sexo, além de citar a alarmante situação da "numerosa emigração de jovens" e da redução do índice de natalidade. (EP/AF)







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