2007-12-29 09:30:07

ATRAVÉS DE TELEGRAMA PELA MORTE DE BENAZIR BHUTTO PAPA PEDE PAZ PARA O PAQUISTÃO


Cidade do Vaticano, 29 dez (RV) - O Papa enviou telegrama ao arcebispo de Lahore e presidente da Conferência Espicopal do Paquistão, Dom Sandanha, pelo assassinato da ex-primeira-ministra do Paquistão Benazir Bhutto.

Evitar nova violência e "fazer todo esforço" para reconstruir "um clima de respeito e de confiança" a fim de manter a ordem na sociedade paquistanesa e de fazer funcionar eficazmente as instituições. Foi este o apelo de Bento XVI, contido na mensagem de pesar, assinada pelo Cardeal secretário de Estado Tarcisio Bertone, enviada por ocasião do assassinato de Benazir Bhutto.

"Depois do brutal ataque terrorista no qual a senhora Benazir Bhutto, ex-primeira-ministro e líder do Partido do Povo Paquistanês, foi ferida mortalmente - diz o telegrama enviado ao Arcebispo de Lahore e presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, D. Lawrence Jhon Saldanha -, o Santo Padre expressa sentimentos de profunda participação e proximidade espiritual aos membros da sua família e a toda a nação paquistanesa".

A mensagem prossegue afirmando que o Papa reza para que seja evitada nova violência e para que se faça todo esforço para construir um clima de respeito e confiança que, são tão necessários a fim de que a ordem seja mantida na sociedade e para que as instituições políticas da nação possam funcionar eficazmente.

Milhares de pessoas se reuniram na localidade paquistanesa de Naudero para dar seu último adeus à dirigente opositora Benazir Bhutto, assassinada na quinta-feira.

As televisões paquistanesas mostraram imagens do cortejo fúnebre, encabeçado por um veículo que transportava o caixão da ex-primeira-ministra até o mausoléu da família Bhutto em seu povoado natal, Garhi Khuda Baksh.

O corpo da dirigente estava envolvido com as cores vermelha, verde e preta da bandeira de sua legenda política, o Partido Popular do Paquistão (PPP), enquanto centenas de pessoas aguardavam para dar seu último adeus.

Estavam presentes sua irmã Sanam, a única que restou viva na família, seu marido, Asif Zardari, e seus três filhos, que escutaram os cânticos dos seguidores de Bhutto.

Bhutto foi enterrada no mausoléu da família, onde descansa seu pai, Zulfikar Ali Bhutto, primeiro-ministro do país entre 1973 e 1977 e que foi derrubado pelos militares e enforcado em 1979.

O Mercosul expressou nesta sexta-feira uma enérgica condenação ao "brutal atentado" que tirou a vida de Benazir Bhutto. Os Estados-membros do bloco (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e seus associados (Bolívia, Chile, Equador, Peru, Colômbia e Venezuela) transmitiram "aos familiares das vítimas e ao povo do Paquistão suas mais sentidas condolências", de acordo com uma declaração divulgada pela Chancelaria da Argentina, a cargo da Presidência semestral do Mercosul.

São inúmeras as mensagens de condolências a família de Bhutto. Os bispos do Paquistão também manifestaram seu pesar. O bispo de Islamabad-Rawalpindi, Dom Anthony Theodore Lobo afirmou que "ela estava lutando por uma ordem democrática. Mas agora esse atentado vem frear a democracia. Sim, ela combatia para tornar o Paquistão um país livre, para distanciar-se de um sistema autoritário e ter um governante escolhido livremente pelo povo. É por isso que sua morte representa um freio à democracia. Agora eu não sei o que vai ocorrer", afirma o bispo.

O Conselho de Segurança da ONU divulgou na quinta-feira uma declaração presidencial condenando com firmeza o assassinato da ex-premiê do Paquistão, Benazir Bhutto.

Na declaração, aprovada por unanimidade, o órgão das Nações Unidas disse que o ataque constitui uma ameaça à paz e à segurança internacionais.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar chocado com o assassinato de Bhutto e das outras vítimas. Ele apresentou condolências à família da líder, aos seus simpatizantes e ao povo do país. O Secretário-Geral pediu calma aos paquistaneses.

Enquanto isso, um dirigente da al-Qaeda no Afeganistão, Mustafá Abu al-Yazid, reivindicou a responsabilidade pelo assassinato da ex-primeira-ministra do Paquistão Benazir Bhutto em nome da organização terrorista, informou a agência de notícias Adnkronos International (conhecida como AKI).

"Acabamos com um ativo muito valioso dos Estados Unidos, que tinha jurado derrubar os mujahedin", disse Yazid por telefone à correspondente da agência na cidade paquistanesa de Karachi. (JP/PL)







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