Port-au-Prince, 21 dez (RV) - Uma equipe da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre
regressou de uma visita ao Haiti, onde pode constatar um cenário de “pobreza devastadora
e falta de esperança”. Os responsáveis da organização católica fizeram um alerta para
a necessidade urgente de ajuda, após três semanas no terreno em que constataram “um
povo que sofre uma crise humanitária e moral quase numa escala bíblica”.
O
Haiti é uma das nações mais subdesenvolvidas do mundo Ocidental e ali o trabalho da
Igreja Católica representa um dos poucos focos de esperança para a população. A equipe
da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre recebeu mais de 60 pedidos de ajuda, desde painéis
solares à construção de igrejas e centros escolares, passando por uma maternidade
na capital, Port-au-Prince. No Haiti, 75% da população local vive abaixo do limiar
da pobreza.
O responsável pelos projetos da Fundação para a América Latina,
Javier Legorreta, refere que o único caminho para começar a ajudar o povo haitiano
“é partilhar o seu sofrimento” e entender as suas necessidades. “Após falar com muitas
pessoas – bispos, padres, religiosas e leigos – vimos que eles se sentem completamente
esquecidos, até mesmo rejeitados pelo mundo”, alerta ele.
A visita ao Haiti
foi fundamental para perceber as necessidades do país, isolado por causa de maus serviços
postais e telefônicos, como também pela falta de computadores e outros serviços informáticos.
Durante o ano de 2006 Ajuda à Igreja que Sofre destinou mais de 520 mil euros para
apoiar projetos no Haiti. (SP)