2007-12-21 15:40:57

CHINA: PRESIDENTE DIZ QUE APÓIA "LIBERDADE RELIGIOSA" EM ENCONTRO INÉDITO SOBRE O TEMA


Pequim, 20 dez (RV) – O governo chinês declarou que o país apóia a "liberdade religiosa" e se propôs a "a ajudar os fiéis de todas as religiões que estiverem em dificuldades".

As declarações foram feitas pelo presidente Hu Jintao, durante uma inédita "sessão de estudos" do Partido Comunista da China, sobre o tema "religião". O depoimento foi interpretado como um sinal para a Santa Sé, que não mantém relações diplomáticas com a China desde 1951, ano em que o núncio apostólico no país passou a ser considerado "persona non grata", transferindo-se para Taiwan.

O líder da Associação Católica Patriótica, órgão controlado pelo governo chinês, fez votos de o Vaticano "entenda que a China é a favor da liberdade religiosa".

Apesar dessa declaração em defesa à liberdade religiosa, ocorrem na China numerosas pressões e perseguições contra fiéis e membros do clero. Os fiéis, sacerdotes e bispos que reconhecem a autoridade do papa e da Igreja de Roma, são considerados como membros da "Igreja Católica clandestina", pelo governo chinês.

A agência missionária de notícias AsiaNews informa que muitos católicos "clandestinos" não poderão participar da santa missa, neste Natal, pois seus bispos e sacerdotes se encontram sob regime de prisão domiciliar.

Para essas pessoas, o único modo de celebrar o nascimento de Jesus é através das transmissões da Rádio Vaticano. "A falta de sacerdotes e de liberdade em muitas regiões da China _ informa a AsiaNews _ faz com que muitos empreendam viagens de até 50 km, para participar da Missa do Galo."

Estima-se que, na China, haja quatro milhões de católicos "oficiais", membros da Associação Católica Patriótica, reconhecida pelo governo. Enquanto isso, a Igreja Católica na clandestinidade contra pelo menos o dobro de fiéis. (EP/AF)







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