2007-12-14 15:48:15

O presépio da Praça de São Pedro, este ano com uma originalidade: a tradicional representação do nascimento de Jesus no ambiente da gruta de Belém, muda-se para a casa de São José, em Nazaré.


(14/12/2007) O presépio da Praça de São Pedro, no Vaticano, abandona este ano a tradicional representação do nascimento de Jesus no ambiente da gruta de Belém e muda-se para a casa de São José, em Nazaré.
Esta decisão tem como justificação uma passagem do Evangelho de São Mateus, em que um anjo convence José, durante um sonho, a aceitar Maria e o seu filho. Segundo este relato, “despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa. E, sem que antes a tivesse conhecido, ela deu à luz um filho, ao qual ele pôs o nome de Jesus” (Mt 1,24-25).
O presépio na casa de José em Nazaré apresenta três ambientes: no centro, a cena do Nascimento; à esquerda, a oficina de carpintaria de São José; e à direita uma hospedaria, símbolo de vida colectiva e da contraposição entre valores materiais e valores espirituais.
As figuras, em tamanho natural, são as do presépio da Igreja de Sant'Andrea della Valle, criadas por São Vicente Pallotti em 1842. Como em 2006, também este ano a província de Trento contribuiu com várias personagens esculpidas em madeira, bem como objectos de uso doméstico que completarão as cenas do presépio.
Haverá este ano quatro anjos de estilo barroco mexicano. Do mesmo país serão as decorações da árvore colocada na Praça de São Pedro e da Aula das Audiências Paulo VI, sendo a primeira vez que esta tarefa é concedida a uma nação latino-americana.
Como é tradição, o presépio na Praça de São Pedro será inaugurado pelo Papa no dia 24 de Dezembro. A árvore de Natal, junto ao obelisco, foi entregue esta manhã e vai erguer-se com os seus quase 30 metros de altura, 45 centímetros de diâmetro na base e 2000 lâmpadas para iluminá-la.
Bento XVI recebeu nesta sexta feira os peregrinos da região de Val Baldia ( nordeste da Itália), que ofereceram a árvore, explicando que tanto esta como o presépio “são elementos do clima típico de Natal que faz parte do património espiritual das nossas comunidades”.
É um clima de religiosidade e de intimidade familiar – disse o Papa – que devemos conservar nas sociedades de hoje, onde ás vezes parecem prevalecer a corrida ao consumismo e a procura unicamente de bens materiais.
O Natal é uma festa cristã e os seus símbolos – entre eles especialmente o presépio e a árvore enfeitadas com as prendas – constituem importantes referencias para o grande mistério da Incarnação e do Nascimento de Jesus, que a liturgia do tempo do Advento e do Natal evoca constantemente .
O Criador do universo, que se fez menino veio no meio de nós para partilhar o nosso caminho humano; fez-se pequenino para entrar no coração do homem e assim renová-lo com a omnipotência do seu amor. Preparemo-nos para O acolher com fé animada por uma sólida esperança, disse Bento XVI a concluir.








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