Como o cardeal Afonso Stikler, a Igreja não procure apoios humanos e sucessos, salientou
Bento XVI durante as exéquias deste purpurado austriaco.
(14/12/2007) A Igreja nunca deve ceder á tentação de procurar sucessos e apoios
humanos em vez de contar apenas e sempre com Aquele que veio ao mundo para nos salvar
e que nos redimiu sobre cruz. Foi o que afirmou na tarde desta sexta feira Bento
XVI recordando a figura do cardeal austríaco Afonso Maria Stikler, o qual, salientou
o Papa citando o seu testamento espiritual, sabia bem que amar Cristo é amar a Igreja
que é sempre santa, não obstante a fraqueza, ás vezes escandalosa, de nós seus representantes
e membros, no passado e no presente”. “Como salesiano sigo os três ideais transmitidos
por D. Bosco: o amor pela Eucaristia, a devoção a Nossa Senhora, a fidelidade ao Santo
Padre, escrevera ainda o purpurado falecido quarta feira, com 97 anos de idade, depois
de ter sido: primeiro reitor da Universidade Salesiana e depois arquivista da Santa
Igreja Romana, permanecendo porém no seu coração, apenas um humilde filho de D. Bosco,
como recordou nesta sexta feira á tarde o Papa que por ele tinha uma grande estima,
e que ,quando era cardeal visitara varias vezes, no aposento que ocupava precisamente
no palácio da Congregação para a Doutrina da fé, então presidida pelo Cardeal José
Ratzinger. Qualquer que seja o serviço que Deus nos chama a desempenhar na sua
vinha, seja sempre animado por uma humilde adesão á sua vontade pediu esta sexta feira
Bento XVI, dirigindo-se aos cardeais e bispos da Cúria Romana presentes na Basílica
de São Pedro para a celebração das exéquias do Cardeal Afonso Stikler, indicado como
modelo a todos os membros dos organismos da Santa Sé. Embora com as fragilidade
e fraquezas humanas foi esta - sublinhou Bento XVI – a orientação da inteira vicissitude
humana do querido cardeal Stikler, uma existência gasta totalmente, primeiro no ensino
e depois no serviço á Santa Sè.