ANGELUS: PAPA CONVIDA A "ABRIR O CORAÇÃO E A ACOLHER O FILHO DE DEUS"

Cidade do Vaticano, 09 dez (RV) - Bento XVI rezou, ao meio-dia deste domingo, com os fiéis, peregrinos e turistas reunidos na Praça São Pedro, a habitual oração mariana do Angelus, ocasião em que convidou a "abrir o coração e a acolher o Filho de Deus".

Na alocução que precedeu o Angelus, o Santo Padre recordou que hoje, segundo domingo de Advento, a liturgia nos apresenta a figura austera do precursor, João Batista.

"O Pai celeste nos chama a seguir as pegadas de seu Filho Unigênito, fazendo, como ele, das nossas exigências, "um dom de amor". Com essas palavras, o Santo Padre renovou seu convite à conversão.

Após a solenidade de sábado, dia 8, da Imaculada Conceição, que a liturgia dedica a Maria, "Estrela de esperança para cada homem", o papa convidou os fiéis a voltarem o olhar para São João Batista. "Sua missão _ afirmou o pontífice _ foi a de preparar e aplainar a estrada, para o Messias, conclamando o povo de Israel a se arrepender dos seus pecados e a corrigir toda iniqüidade".

"É hoje, no presente, que se joga o nosso futuro destino; é com nosso concreto comportamento nesta vida _ disse Bento XVI _ que decidimos o nosso destino eterno. No fim dos nossos dias sobre a Terra, no momento da morte _ acrescentou _ seremos julgados com base na nossa semelhança ou não ao Menino que está para nascer na pobre gruta de Belém, pois é Ele o critério de medida que Deus deu à humanidade."

Enquanto prossegue o caminho de Advento e enquanto nos preparamos para celebrar o Natal de Cristo _ disse ainda, Bento XVI _ ressoa nas nossas comunidades, o chamado à conversão feito por João Batista que, por meio do Evangelho, continua a falar através dos séculos, a cada geração.

"É um premente convite a abrir o coração e a acolher o Filho de Deus que vem em meio a nós, para manifestar o juízo divino." João Batista _ recordou ainda o Santo Padre _ dizia que diante de Deus, ninguém poderá ostentar títulos, mas deverá apresentar os frutos dignos de conversão. Suas palavras claras e duras _ explicou o papa _ são salutares no nosso tempo atual, no qual, também "o modo de viver e perceber o Natal sofre, infelizmente, muitas vezes, por causa de uma mentalidade materialista".

A "voz" do grande profeta nos pede para preparamos o caminho para o Senhor que vem, nos desertos de hoje, desertos exteriores e interiores, sedentos da água viva que é Cristo. Que a Virgem Maria nos guie _ finalizou o Papa _ a uma verdadeira conversão do coração, a fim de que possamos fazer as escolhas necessárias, para sintonizar as nossas mentalidades com o Evangelho."

Antes de se despedir dos presentes, o pensamento do papa voltou-se para os universitários das Universidades romanas, que ele encontrará no próximo dia 13 de dezembro, na conclusão da santa missa, na Basílica de São Pedro, presidida por seu vigário geral para a Diocese de Roma, Cardeal Camillo Ruini.

"Aguardo todos, numerosos, queridos jovens _ disse o papa _ para nos prepararmos para o Santo Natal, invocando o dom do Espírito de sabedoria para toda a comunidade universitária". (SP/AF)