2007-12-08 10:59:33

Além da ajuda material, a Santa Sé pede apoio moral, espiritual e psicológico para as vitimas de catástrofes naturais


(8/12/2007) As vítimas dos desastres naturais precisam de algo mais que ajuda material; precisam de apoio moral, espiritual e psicológico, disse o observador permanente da Santa Sé junto da ONU e instituições especializadas em Genebra, o Arcebispo Silvano Tomasi.
discursando na 30ª Conferência Internacional da Cruz Vermelha e da Meia-Lua Vermelha, com o lema «Juntos pela Humanidade», que decorreu de 26 a 30 de Novembro, em Genebra.
Entre as preocupações actuais, a Conferência Internacional da Cruz Vermelha e da Meia-Lua Vermelha pôs sobre a mesa dd debate quatro desafios: pandemias, migração internacional, violência urbana e degradação ambiental.
«A Missão da Santa Sé reconhece nestes desafios uma lembrança de que a convivência entre comunidades sociais e políticas e a construção de uma ordem mundial pacífica, só são possíveis na base do valor fundamental da dignidade de cada pessoa humana», disse o observador da Santa Sé.
«As quatro áreas que reclamam a nossa atenção imediata– acrescentou – têm sérias consequências humanitárias para a sociedade contemporânea, assim como para as gerações futuras. A vontade de trabalhar juntos em encontrar soluções adequadas para todos não pode ser ignorada, já que delas depende a sobrevivência material e ética da humanidade.»
O arcebispo Tomasi acrescentou: «É também vital convencer-se de que a solução dos complexos problemas e emergências inerentes ao conjunto da humanidade não são só de natureza técnica e não podem reduzir-se à mera assistência».
«As vítimas tanto directas como indirectas, – acrescentou – precisam de atenção e cuidado especial. De facto, são mais vulneráveis os que mais sofrem pelos desastres naturais, conflitos e violência, pelas consequências do subdesenvolvimento, da pobreza e das pandemias.»
«Estas pessoas, as suas famílias e comunidades, têm direitos e precisamos de fazer algo a este respeito – sublinhou o prelado.
Também precisam da nossa proximidade humana,do nosso apoio psicológico, moral e espiritual, não como piedade condescendente , mas como expressão de nossa solidariedade. Somos uma só família humana.»
«É preciso dar a ajuda como auto-ajuda – acrescentou –, para que a população local possa reforçar a sua própria capacidade, e deste modo ser capaz de exercer a sua liberdade e responsabilidade.»
«As diferentes religiões, juntamente com outras instituições, podem e devem desempenhar um papel positivo – explicou o arcebispo Tomasi.
A Santa Sé promoveu iniciativas de diálogo inter-religioso, que considera como um componente fundamental na construção da paz e na realização do bem comum.»
Recordou que, como se pediu em 2003, a Igreja «organizou um encontro inter-religioso de estudiosos para promover a defesa da dignidade humana e o respeito das leis humanitárias em caso de conflito armado. E está a pensar em iniciativas ulteriores com entidades não-estatais, para promover os fundamentos éticos da lei humanitária e a defesa da dignidade humana, também em caso de conflito armado».
«O enfoque exemplar da Cruz Vermelha e da Meia-Lua Vermelha – concluiu o arcebispo Tomasi– reside na habilidade para abater barreiras e construir pontes entre as partes em conflito, conscientes da comum humanidade que exige que caminhemos juntos rumo ao futuro.»








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