ANGELUS: PAPA EXPLICA A ESPERANÇA INTIMAMENTE LIGADA AO ADVENTO
Cidade do Vaticano, 02 Dez (RV) - Neste primeiro domingo do Advento, período
de preparação ao Natal, Bento XVI assomou à janela de seus aposentos, para rezar _
juntamente com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro _ a oração mariana
do Angelus.
Em sua alocução, o papa falou sobre o novo ano Litúrgico que se
inicia hoje, precisamente com o I Domingo do Advento.
"O Povo de Deus _ disse
Bento XVI _ põe-se novamente a caminho, para viver o mistério de Cristo na história.
Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre. A história, ao invés, muda e requer sempre
uma constante evangelização. Ela precisa ser renovada a partir de seu interior. A
única verdadeira novidade é Cristo! Ele é o pleno cumprimento e o futuro luminoso
do homem e do mundo."
O Advento, portanto _ frisou o Santo Padre _ é um tempo
propício para despertar em nossos corações a espera de Cristo que vem. O Filho de
Deus já veio em Belém, há mais de 20 séculos, mas Ele sempre retorna à nossa alma
e a nossas comunidades, e retornará no final dos tempos "para julgar os vivos e os
mortos". Por isso, os cristãos devem estar sempre vigilantes, animados pela íntima
esperança de encontrar o Senhor.
Nesse ponto de sua reflexão, Bento XVI recordou
sua nova encíclica, que acaba de ser publicada, intimamente ligada com a liturgia
de hoje: Spes salvi (Salvos pela esperança) extraída da Carta de São Paulo
aos Romanos.
"Neste como noutros textos do Novo Testamento _ explicou o papa
_ a palavra "esperança" está intimamente ligada à palavra "fé"." Trata-se de um "dom
que muda a vida de quem o recebe, como o demonstra a experiência de tantos santos
e santas".
Nesse sentido, o pontífice perguntou: Em que consiste esta esperança
tão grande e confiável? E respondeu: Consiste no conhecimento de Deus, na descoberta
do seu coração de Pai, bom e misericordioso. Com a sua vinda entre nós, Jesus revelou
sua Face, a face de um Deus amor, que nos transmite uma esperança indestrutível.
"O
desenvolvimento da ciência moderna _ continuou a explicar o Santo Padre _ confinou,
sempre mais, a fé e a esperança na esfera pessoal e individual. Dessa forma, hoje,
parece evidente e até dramático, que o homem e o mundo precisam de Deus, do Deus verdadeiro,
caso contrário, permanecem privados da esperança."
A ciência _ afirmou ainda
Bento XVI _ contribui muito para o bem da humanidade, mas não tem condições de redimi-la.
O homem é redimido pelo amor, que torna sua vida _ pessoal e social _ boa e bela.
Eis
porque _ concluiu o Santo Padre _ a grande esperança, aquela plena e definitiva, é
garantida por Deus que, por meio de Jesus, veio visitar-nos e deu-nos a vida e, através
dele, voltará no fim do mundo. A nossa esperança está em Cristo! É a Ele que esperamos!
Após
a oração mariana do Angelus, Bento XVI cumprimentou os presentes, em várias línguas,
desejando a todos um bom Advento, em preparação ao Natal. (MT/AF)